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Estado de Minas

Suspeito de morte de mãe e bebês é ameaçado na prisão em MG e advogado estuda transferência

O homem, que pode ser o pai das crianças, está preso na Penitenciária Professor Aluízio Ignácio de Oliveira, em Uberaba, no Triângulo Mineiro


postado em 27/02/2015 17:59 / atualizado em 27/02/2015 18:04

Bebês gêmeos foram assassinados junto com a mãe de 22 anos(foto: Reprodução/Facebook)
Bebês gêmeos foram assassinados junto com a mãe de 22 anos (foto: Reprodução/Facebook)

O advogado de Matuzalém Ferreira Júnior, de 49 anos, apontado pela Polícia Civil como o mandante do assassinato de uma mulher de 22 anos e seus dois bebês gêmeos, pode pedir a transferência do detento para outro presídio. O homem, que pode ser o pai das crianças, está preso na Penitenciária Professor Aluízio Ignácio de Oliveira, em Uberaba, no Triângulo Mineiro, onde alega ser ameaçado. Além dele, Antônio Moreira Pires, o “Pedrão, de 37, suspeito de ser o assassino, segue na mesma cadeia.

O defensor Marcus Fernandes Júnior assumiu o caso na última sexta-feira. Ele entrou no lugar do advogado Odilon dos Santos, que deixou a defesa ao alegar que o cliente mentiu para ele sobre os assassinatos e que ficou comovido ao ver os corpos das crianças mortas. Fernandes se encontrou com Matuzalém, que relatou as ameaças. “Tive alguns contatos com ele e nesses encontros me relatou que está sendo ameaçado”, explica.

Segundo o advogado, Matuzalém segue em uma cela separada, mas mesmo assim é alvo dos outros detentos. “Quando ele sai para o banho de sol ou para conversar com o advogado é que o pessoal fica ouriçado”, comenta Fernandes, que já estuda pedir a transferência do preso. “A vontade dele é de sair de lá para outra penitenciária. Mas, estamos analisando o caso, pois aqui é mais perto da família e facilita a defesa”, disse.

Em nota, a Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi) informou que a denúncia não procede. Disse, ainda, que Matuzalém está detido em uma ala separada, sem contato com os outros detentos.

O crime chocou Minas Gerais. Os dois bebês gêmeos e Izabella Marquez Giavenchio, de 22 anos, foram encontrados mortos depois de ficarem desaparecidos cinco dias. Ao serem presos, Matuzalém e Pedrão trocaram acusações durante acareação feita pela Polícia Civil. De acordo com os delegados responsáveis pelo caso, Matuzalém afirmou ser Antônio o autor dos disparos que mataram Izabella e o casal de gêmeos. O pedreiro, no entanto, afirma ter procurado o suposto pai das crianças porque teria recebido uma proposta de emprego, mas ao chegar ao local, acabou presenciando as execuções.

Os dois divergem principalmente na parte em que eles relatam como foi a morte das vítimas. Mas segundo apontam as investigações, no dia 12, Matuzalém ligou para Izabella, com quem mantinha um relacionamento extraconjugal, dizendo que pretendia conhecer os gêmeos e conversar sobre os trâmites para assumir a paternidade. Ela se encontrou com o homem em um parque da cidade e todos embarcaram em um carro. Depois, Antônio também entrou no veículo, que seguiu em direção à BR-050, rumo a São Paulo.

Quando se aproximavam da cidade de Buritizal, eles teriam obrigado Izabella a descer do carro em direção às margens da rodovia e a executaram com um tiro na cabeça e abandonaram o corpo. Depois de dirigirem por mais quatro quilômetros, as investigações mostram que os suspeitos entraram em uma estrada viscinal de São Paulo, entraram em uma mata e desembarcaram as crianças. Os bebês foram colocados no chão e executados a tiros. Segundo a Polícia Civil, o crime teria sido pago com um carro Fox.


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