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Estado de Minas

Corregedoria da Polícia Civil vai investigar soltura de acusado de matar estudante de medicina

O ex-modelo Leandro Dantas de Freitas, de 28 anos, foi solto por engano em Montes Claros, na Região Norte de Minas Gerais. A polícia fez buscas na cidade, mas sem sucesso


postado em 24/02/2015 19:44 / atualizado em 24/02/2015 19:48

Sara Teixeira de Souza, de 35 anos, foi morta a facadas dentro de casa em agosto de 2014(foto: Reprodução/Facebook)
Sara Teixeira de Souza, de 35 anos, foi morta a facadas dentro de casa em agosto de 2014 (foto: Reprodução/Facebook)

A Corregedoria da Polícia Civil de Minas Gerais instaurou, nesta terça-feira, um inquérito e uma sindicância administrativa para verificar se houve crime ou falha disciplinar na soltura por engano do ex-modelo Leandro Dantas de Freitas, de 28 anos. O homem é acusado de assassinar a ex-namorada, a estudante de medicina Sara Teixeira de Souza, de 35, em agosto de 2014. Um delegado e um investigador que estavam de plantão em Montes Claros, na Região Norte de Minas Gerais, no dia em que Freitas deixou a cadeia, estão sendo investigados.

Depois de pedir a expedição de um mandado de recaptura pela Vara do Tribunal do Júri, nesta tarde, equipes da Polícia Civil fizeram buscas por Leandro Dantas na cidade. Mas, o assassino confesso não foi encontrado e segue foragido.

A soltura ainda causa repercussão em Montes Claros, principalmente nas redes sociais. Conforme informou o juiz Isaías Caldeira Veloso, da Primeira Vara Criminal de Montes Claros, foi expedido um mandado de soltura para ele pelo cumprimento de pena de cinco meses, referente a condenação pelo crime de agressão contra Sara Teixeira de Souza, baseada na Lei Maria da Penha. Porém, relatou o magistrado, ao receber o documento, a equipe da Polícia Civil que estava de plantão se confundiu e considerou que o alvará era referente ao crime de homicídio. Por isso, decidiu liberar o ex-modelo. Na verdade, como foi preso em flagrante, no dia do assassinato, ele deve ser mantido atrás das grades até o dia do julgamento pelo crime.

Quando Leandro cometeu o homicídio, ele deveria estar preso, já que existia um mandado de prisão preventiva contra o ex-modelo, devido as agressões contra Sara, mas a Polícia Civil alegou que não conseguiu encontrá-lo para fazer a prisão a tempo.

Nesta terça-feira, o delegado regional de Montes Claros, Giovane Siervi Andrade, informou que foi instaurado o inquérito e aberta sindicância administrativa para investigar se houve crime ou transgressão (falha) disciplinar na liberação equivocada de Leandro Dantas por parte do delegado e de um investigador que estavam de plantão no último fim de semana. A apuração está sob responsabilidade do delegado Jean Pierre Batista Neves e deverá ser concluída dentro 30 dias. Os nomes dos investigados não foram divulgados.

O delegado Giovani Siervi Andrade não quis emitir nenhum comentário sobre o comportamento dos dois policiais que libertaram o autor confesso do assassinato da estudante de medicina. Por outro lado, ressaltou que, a princípio, não existe suspeita de facilitação dos policiais para que o preso fosse colocado em liberdade irregularmente. “Não houve suspeita de facilitação. O que ocorreu foi um erro e vai ser investigado se esse erro configura crime ou transgressão disciplinar”, assegurou o delegado regional.

Revolta

A soltura de Leandro Dantas por engano revoltou familiares da vítima Sara Teixeira, que moram em Porteirinha (Norte de Minas). “Isso é um absurdo, Nem acreditei quando ouvi a notícia de que aquele monstro foi solto por engano. Ele é um demônio que destruiu minha família”, disse, aos prantos, a comerciante Maria Cícera Teixeira, mãe da estudante de medicina. “Queremos que justiça seja feita’, completou a mulher.


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