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Estado de Minas

Manifestação de caminhoneiros se estende pelas BRs 381 e 262 em Minas

Os manifestantes bloqueiam quatro pontos na BR-381, entre Belo Horizonte e São Paulo, e também parte da BR-262, em Juatuba, na Grande BH. Longas filas são registradas nos trechos


postado em 23/02/2015 15:22 / atualizado em 23/02/2015 17:35

As manifestações se estenderam para a BR-262 em Juatuba, na Grande BH(foto: Rafael Quirino )
As manifestações se estenderam para a BR-262 em Juatuba, na Grande BH (foto: Rafael Quirino )

A manifestação de caminhoneiros insatisfeitos com o aumento do óleo diesel e o valor do frete já atinge outra rodovia mineira. O protesto que começou na madrugada de domingo em dois pontos da BR-381, entre Belo Horizonte e São Paulo, aumentou para quatro locais de bloqueio pelos motoristas na manhã desta segunda-feira. No início da tarde, os veículos de carga também passaram a bloquear parte da pista da BR-262, em Juatuba, na Grande BH. Há congestionamentos nas duas estradas. Ainda não há previsão para a liberação.

O protesto na BR-262 acontece no km 368, na pista sentido Betim/ Juatuba. De acordo com a concessionária Triunfo Concebra, que administra a rodovia, uma faixa e o acostamento seguem fechadas. Apenas veículos leves e ambulâncias podem trafegar pelo trecho. O congestionamento na região já ultrapassa os quatro quilômetros.

A paralisação no trânsito na rodovia já atinge os moradores de Juatuba. Rafael Quirino G. Costa, de 26 anos, que trabalha no setor de logística automotiva, informou que ninguém consegue entrar na cidade pela BR-262. “Está complicado entrar em Juatuba, deixo um alerta para os motoristas. Meu cunhado é motorista de ônibus e estava passando lá. Ele faz a linha Betim/Juatuba/Mateus Leme, mas teve que mudar a rota. Ao passar pela BR-362 para entrar na cidade, não conseguiu e teve que fazer um retorno pela MG-050”, afirma.

O trânsito também continua complicado na BR-381 em quatro pontos entre Belo Horizonte e São Paulo. Desde o início da manhã, os bloqueios ocorrem nos dois sentidos da rodovia, na altura de Igarapé, na Região Metropolitana de BH, Oliveira, Perdões, e Santo Antônio do Amparo, na Região Centro-Oeste de Minas Gerais. O congestionamento total da manifestação já ultrapassa 36 quilômetros.

Segundo a Autopista Fernão Dias, concessionária que administra a rodovia, o congestionamento em Igarapé vai do km 521 ao 513, em direção a BH, e do km 496 ao 513 na direção contrária. Em Oliveira, os caminhões estão parados do km 622 ao km 617 em direção a capital mineira, e do km 616,5 até km 617. Em Santo Antônio do Amparo, a interdição vai do km 637 ao km 636 no sentido SP/BH. Já em Perdões, os motoristas fecham parte da via do km 681 ao km 677, em direção a BH, e do km 676 ao 677 na pista contrária.

Os motoristas protestam contra a alta do preço do óleo diesel e exigem o aumento do valor do frete. Eles reivindicam ainda a revisão da Lei 12.619, aprovada no Congresso e que deve ser sancionada pela presidente Dilma Rousseff. Segundo a legislação, o motorista deve repousar 11 horas num prazo de 24 horas e parar por uma hora por refeição. Os caminhoneiros querem 8 horas de descanso.

Ver galeria . 20 Fotos Caminhoneiros mantêm na manhã desta segunda-feira o bloqueio parcial em três trechos da BR-381, a rodovia Fernão DiasGladyston Rodrigues/EM/D.A.Press
Caminhoneiros mantêm na manhã desta segunda-feira o bloqueio parcial em três trechos da BR-381, a rodovia Fernão Dias (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A.Press )


Liminar na Justiça

Em 2013, caminhoneiros também fizeram um longo protesto nas rodovias mineiras. Na época, a paralisação foi convocada em todo o país pelo Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC) para reivindicar aprovação imediata de projeto de lei que aprimora a Lei 12.619/12 (Lei do Descanso), em discussão no Congresso, reduzindo o tempo de descanso de 11 para oito horas diárias, além da redução de tributos no óleo diesel e isenção de pagamento do pedágio para veículos de carga.

Os motoristas só deixaram as rodovias depois de uma decisão da Justiça Federal que estipulou multa diária de R$ 100 mil caso as estradas não fossem liberadas.


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