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Estado de Minas

Juiz de Fora mantém rodízio de abastecimento e não descarta sobretaxar excesso de consumo

O rodízio está sendo feito na cidade desde 17 de outubro por causa da estiagem e o baixo nível dos reservatórios que abastecem o município


postado em 29/01/2015 18:13 / atualizado em 29/01/2015 22:03

Represa de João Penido, principal da cidade, está com o nível de 29% (foto: Marcelo Ribeiro/Tribuna de Minas )
Represa de João Penido, principal da cidade, está com o nível de 29% (foto: Marcelo Ribeiro/Tribuna de Minas )

Moradores de Juiz de Fora, na Região da Zona da Mata, poderão ser multados ou pagarem sobretaxas por causa do desperdício de água. As duas possibilidades não estão descartadas pelo prefeito Bruno Siqueira (PMDB) caso a situação da crise hídrica continue em fevereiro e março deste ano. Durante entrevista coletiva nesta quinta-feira, na Companhia de Saneamento Municipal (Cesama), Siqueira estendeu, por tempo indeterminado, o rodízio no abastecimento que tinha previsão para acabar em janeiro.

O rodízio está sendo feito na cidade desde 17 de outubro por causa da estiagem e o baixo nível dos reservatórios que abastecem o município. “Tomamos a medida depois de identificar que as chuvas estavam bastante aquém da média histórica e, naquele momento, preventivamente adotamos o rodízio. Agora, identificamos que, até hoje, janeiro está abaixo dos 50% da média histórica de chuva”, comentou André Borges de Sousa, diretor-presidente da Cesama.

Mesmo com a implantação de um novo manancial para a captação de água, que entrou em operação no início de 2015, a crise no abastecimento continua. O lago Chapéu Duvas ganhou 18 quilômetros de adutoras e conseguiu diminuir a porcentagem de água usada pela Represa de João Penido, principal da cidade, no abastecimento. “O fato negativo é que os mananciais estão com o nível muito abaixo. A represa, por exemplo, está com o nível de 29% sendo que ano passado nesta mesma época estava próximo de 75%”, disse Sousa. O lago Chapéu Duvas está com 41% de capacidade, sendo que em 2014, no mesmo período, estava com 90%. O diretor ressalta, porém, que o manancial tem uma longa extensão.

Por causa do baixo nível dos reservatórios, a esperança é que os meses de fevereiro e março tenha mais chuva. Se isso não acontecer, medidas mais drásticas terão que ser tomadas. Hoje, a cidade está dividida em cinco regiões e, a cada dia da semana, uma passa por racionamento. “Não descartamos aumentar para dois dias cada região. Vamos fazer avaliações nos próximos dois meses para ver as situações e os problemas. As questões de multas e sobretaxas não estão descartadas”, explicou Sousa.

Na próxima semana, a prefeitura vai se reunir com a agência reguladora para discutir situações da cidade. Porém, conforme o diretor-presidente da Cesama, as questões ligadas as multas e sobretaxas para moradores que desperdiçarem a água deve entrar em pauta no encontro.


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