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Estado de Minas

Defesa Civil de MG se adapta para atender à situação atípica de seca na temporada de chuva

Recursos programados para serem enviados a municípios atingidos por temporais podem começar a atender cidades castigadas pela estiagem e falta de abastecimento. Algumas prefeituras já estão pedindo cestas básicas à Cedec


postado em 27/01/2015 12:51 / atualizado em 27/01/2015 13:12

A Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) está se adaptando à situação atípica de seca durante o mês de janeiro que, geralmente, é marcado por chuva em Minas Gerais. Os recursos programados para serem enviados a municípios atingidos por temporais podem começar a atender cidades castigadas pela estiagem e falta de abastecimento de água. Cestas básicas que suavizam as dificuldades das cidades alagadas no período chuvoso devem ser solicitadas por municípios com situação de emergência homologada pelo estado. As prefeituras também podem requisitar caminhões-pipa e compra de cisternas.

Quase 30 cidades mineiras decretaram situação de emergência, desde novembro, por causa de dificuldades com a seca. O cenário diferente desta temporada chuvosa faz a Cedec se mobilizar para apoiar as prefeituras com três ações: treinamentos de Defesa Civil, apoio na apresentação de documentos para captação de recursos e ajuda humanitária.

Somente cinco municípios (Francisco Badaró, Brasília de Minas, Itambacuri, Mamonas e Felício dos Santos) repassaram ao estado as dificuldades com a seca em janeiro. Apesar de cidades como Viçosa e Ubá terem decretado emergência em nível municipal, ainda não pediram homologação ao Ministério da Integração por meio da oficialização na Cedec.

O secretário executivo da Cedec, tenente-coronel Ronilsson Edelvan de Sales Caldeira, explica que, eventualmente, o decreto municipal é suficiente para que as prefeituras consigam fazer compras emergenciais ou licitações de urgência para obter recursos durante a estiagem.

De acordo com o secretário, a Cedec está preparada para receber as demandas dos municípios, apesar das dificuldades em atender situações de emergência por seca. “A Defesa Civil atua o ano todo. O órgão às vezes é visto somente em momento de chuva. Diferentemente do desastre causado pela chuva, a seca vai chegando aos poucos, o município vai se adequando e os moradores mudando a rotina. A Defesa Civil trabalha com planejamento anual de plano de chuva e seca”, afirma Caldeira. Segundo ele, algumas cidades já pediram ajuda com cestas básicas, mas a lista de municípios não foi divulgada.

A Cedec divulga diariamente um boletim com as ocorrências de Defesa Civil do Estado. Apesar da estiagem, o órgão mantém oficialmente a publicação de informações do período chuvoso. De acordo com o secretário, a situação pode mudar se o número de cidades em emergência pela seca ultrapassar a lista de localidades atingidas por eventos de chuva. Nesta temporada, 10 municípios decretaram emergência por causa de temporais, 2.955 pessoas ficaram desalojadas, 355 casas foram danificadas e três pessoas morreram. O número de mortes pode subir, porque a Cedec está analisando o caso de duas pessoas atingidas por raio em Esmeraldas, na Grande BH.

PEDIDO DE AJUDA Itambacuri estava em situação de emergência pela seca no segundo semestre de 2014 e a homologação venceu em setembro. Neste mês, a cidade refez o pedido porque continua enfrentando seca. O mesmo aconteceu com Brasília de Minas, que teve a homologação vencida em novembro. A cidade de Mamonas vive quase que ininterruptamente em situação de emergência, conforme informou o tenente-coronel Caldeira. A homologação de 2014 venceu no último dia 11 e já foi refeita. Caso parecido é de Francisco Badaró, cujo pedido expirou em 12 de janeiro. Felício dos Santos é a única cidade da lista que está decretando emergência pela primeira vez nos últimos meses.


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