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Estado de Minas

Polícia identifica 'piloto' que resolveu questões de vestibular de medicina em Uberaba

Operação da Polícia Civil prendeu sete candidatos que receberiam as respostas de uma quadrilha. Mesmo identificado, o piloto ainda não foi preso


postado em 07/12/2014 15:49 / atualizado em 07/12/2014 16:07

Todos os presos prestaram depoimento, pagaram fiança de R$ 5 mil e em seguida foram liberados(foto: Polícia Civil/Divulgação)
Todos os presos prestaram depoimento, pagaram fiança de R$ 5 mil e em seguida foram liberados (foto: Polícia Civil/Divulgação)

As investigações para identificar integrantes de uma quadrilha especializada em fraudes em vestibulares de medicina continuam neste domingo. A Polícia Civil conseguiu identificar o 'piloto' – nome dado aos estudantes que resolvem as questões da prova – mas ainda não efetuaram a prisão. Nesse sábado sete candidatos foram presos em flagrante quando receberam mensagens em celulares durante o processo seletivo da Universidade de Uberaba (Uniube).

Investigadores de Uberaba, na Região do Triângulo Mineiro, montaram a Operação Colateral depois de receberem informações de que a fraude iria acontecer durante o exame. “Tínhamos os nomes e as salas onde eles iriam estar. Coloquei policiais em cada sala se passando por fiscais para monitorar os alvos. Quando foi 18h, todos os investigados se levantaram e foram no banheiro. Era esse o horário marcado para a chegada do gabarito”, explica o delegado Luiz Tortamano, responsável pela ação.

Os candidatos foram presos em flagrante quando retiravam os aparelhos das partes íntimas. Os estudantes, de classe média alta, afirmaram que pagariam R$ 10 mil de entrada para o grupo responsável pela fraude e desembolsariam mais R$ 40 mil, caso aprovado. Eles foram identificados apenas pelas iniciais de cada nome. São eles, G.M.T., 19 anos, de Itabatinga (SP), R.M.T., de 19, de Aparecida do Taboado(MS), T.S.F., 30, de Sudimenuci (SP), P.H.R.S., 23, de Conceição das Pedras (MG), R.C.B., 24, de Umuarama (PR), D.V., 21, de Itápolis (SP), e R.M.T., 23, de Tabatinga (SP).

Todos eles prestaram depoimento, pagaram fiança de R$ 5 mil e em seguida foram liberados. “Inicialmente, confessaram que fizeram a compra das respostas. Porém, na hora de lavrar o flagrante negaram tudo”, explica o delegado.

A polícia tenta, agora, chegar aos integrantes da quadrilha. “O piloto que fez a prova e passou o gabarito já está identificado, mas ainda não foi preso. Também estamos no encalço do restante da organização criminosa”, comenta Tortamano.  Os sete candidatos foram autuados pelo crime de fraude em certame de interesse público - que prevê pena de 1 a 4 anos de prisão.

Em nota, a universidade informou “que nenhum vestibulando sai da sala levando o caderno de provas. De acordo com Marilene Ribeiro, coordenadora da Comissão Permanente de Processos Seletivos (Copese) da Universidade de Uberaba (Uniube), os policiais elogiaram a Uniube não permite a entrada de inscritos sem apresentar a documentação prevista no edital e sem passar por revista para impedir o acesso às salas portando celulares. Porém, ressalta que “os flagrados certamente utilizaram de alguma estratégia para esconder os aparelhos."

Belo Horizonte

No mês passado, a polícia derrubou outra organização criminosa especializada em fraudar vestibulares de medicina e o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Os membros da quadrilha negociavam vagas nas faculdades a um custo que variava de R$ 70 mil a R$ 200 mil. Foram presas 33 pessoas suspeitas de fraudar o vestibular de medicina na faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais, localizada em Belo Horizonte. O delegado Luiz Tortamano não acredita que as duas quadrilhas tenham ligação. “São atuações diferentes, não tem nada a ver”, disse. (Com informações de Fernanda Borges)


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