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Estado de Minas

Viaduto Montese na Av. Pedro I está quase pronto e será liberado

Viaduto, que cruza a via para acesso a dois bairros, está interditado há nove meses por causa de um deslocamento


postado em 31/10/2014 06:00 / atualizado em 31/10/2014 07:18

Guilherme Paranaiba

Faltam sinalização e arremates para o viaduto ser reaberto e solucionar a entrada e a saída de veículos dos bairros Itapoã e Santa Branca (foto: Beto Magalhaes/EM/D.A Press)
Faltam sinalização e arremates para o viaduto ser reaberto e solucionar a entrada e a saída de veículos dos bairros Itapoã e Santa Branca (foto: Beto Magalhaes/EM/D.A Press)

A Prefeitura de Belo Horizonte quer abrir o trânsito no Viaduto Montese, elevado sobre a Avenida Pedro I que faz a ligação entre os bairros Itapoã e Santa Branca, na Região da Pampulha, na primeira semana de novembro. Antes, a Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura vai fazer um teste de carga, cuja modalidade já foi definida, segundo nota da pasta. Mas, de acordo com a secretaria, os detalhes do procedimento que vai testar a resistência do viaduto serão divulgados posteriormente. Parte da avenida chegou a ser interditada em 6 de fevereiro por causa de um deslocamento lateral de 27 centímetros do Montese. E após o desabamento do Viaduto Batalha dos Guararapes sobre a Pedro I, que matou duas pessoas e feriu 23, em julho, o prefeito Marcio Lacerda anunciou que, antes de autorizar a liberação do fluxo de veículos, a prefeitura faria um teste para garantir a estabilidade do elevado.

Segundo a Secretaria de Obras, hoje termina o prazo previsto para a conclusão das obras do Montese. Ainda falta terminar a sinalização viária, iluminação, a retificação do meio-fio e do passeio e o remanejamento de uma adutora da Copasa, conforme comunicado enviado à imprensa. A nota diz que “já está definida a metodologia de execução da prova de carga, que será comunicada oportunamente, e a data de liberação para tráfego está prevista para a primeira semana de novembro”. Apesar de a prefeitura reafirmar o prazo de conclusão das obras para hoje, ontem o buraco ao lado de uma tubulação da Copasa ainda estava aberto. Operários continuavam trabalhando em cima e embaixo do elevado, e a rua lateral de acesso à Pedro I, do lado do Bairro Santa Branca, ainda demanda ajustes de acabamento.

IMPACTOS Enquanto os carros seguem proibidos de passar por cima do viaduto, a população aguarda a conclusão das intervenções sem saber se acredita no prazo estipulado pela administração municipal. O eletricista Tadeu Antônio da Silva, de 42 anos, afirma que a obra está demorando muito, o que compromete uma solução definitiva de tráfego no entorno da Pedro I. “Espero que esse viaduto sirva para descomplicar um pouco o trânsito, pois a circulação na região é bem confusa”, afirma Tadeu.

A administradora Livia Novaes Duque, de 41, mora há 30 anos nas imediações do viaduto e reclama da demora para a solução das pendências e liberação do tráfego. Mesmo com o fluxo livre, ela diz não vai ter a confiança necessária para transitar sem medo. “Depois do que aconteceu com o outro viaduto, confiança nós não vamos ter nunca mais. Mas vamos ter que arriscar, não teremos outra opção.”

O médico Osnildo Ferreira, de 68, acha que é muito cedo para saber quais serão os reais impactos do Viaduto Montese sobre a circulação de veículos nos bairros Itapoã e Santa Branca. “Temos que esperar para ver como o trânsito vai se comportar. Espero que melhore a travessia da Pedro I. Uma coisa é certa, vou ficar com medo de passar tanto por cima quanto por baixo”, afirma, se referindo à tragédia com o Batalha dos Guararapes. O EM procurou a Cowan, empresa responsável pela construção dos viadutos Montese e Batalha dos Guararapes, mas ninguém foi encontrado para prestar esclarecimentos sobre a abertura do trânsito e o teste de carga que será feito antes da liberação do tráfego.


MEMÓRIA
Nove meses de transtornos

Em 6 de fevereiro, há quase nove meses, uma das rampas de elevação do Viaduto Montese deslocou 27cm, o que levou à interdição do elevado por causa do risco de desabamento. Como a estrutura estava na fase inicial, sem a conexão das duas rampas, foi necessário interditar as pistas da Avenida Pedro I, no sentido Venda Nova, já que elas estavam embaixo da parte que corria risco. Motoristas enfrentaram longos congestionamentos na região, mesmo com as rotas alternativas por dentro do Bairro Itapoã. Quatro dias depois, o risco foi descartado com uma nova escora do viaduto e o trânsito foi liberado. Os problemas com viadutos em BH teriam um segundo capítulo com o desabamento de uma alça do Batalha dos Guararapes, em 3 de julho, que matou duas pessoas e feriu 23. (GP)


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