(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Pai e filho traficantes que agiam em MG são presos em condomínio de luxo na Bolívia

Os dois estavam vivendo em um condomínio de luxo de Santa Cruz de la Sierra. Eles fazem parte de uma quadrilha que agia em Juiz de Fora, na Região da Zona da Mata, e em outros estados brasileiros


postado em 29/10/2014 19:56 / atualizado em 29/10/2014 20:03

Durante a operação, a PF apreendeu dinheiro, drogas e até um avião da quadrilha(foto: Polícia Federal /* Divulgação)
Durante a operação, a PF apreendeu dinheiro, drogas e até um avião da quadrilha (foto: Polícia Federal /* Divulgação)

A Polícia Federal (PF), em conjunto com a polícia boliviana, prendeu dois homens foragidos da Justiça do Brasil por tráfico internacional de drogas. Pai e filho estavam vivendo em um condomínio de luxo de Santa Cruz de la Sierra. Eles fazem parte de uma quadrilha que agia em Juiz de Fora, na Região da Zona da Mata, e em outros estados brasileiros. O juiz afastado da Vara de Execuções Criminais da cidade, Amaury de Lima e Souza, ainda é investigado por participação com a organização criminosa.

De acordo com a PF, os dois homens, que não tiveram os nomes divulgados, ostentavam carros de luxo, que serviram de moeda de troca para os usuários adquirirem as drogas. Pai e filho serão transferidos para Belo Horizonte e encaminhado para a Penitenciária Nelson Hungria, na Região Metropolitana de BH.

A quadrilha foi desmantelada durante a operação Athos em junho deste ano. Ao todo, foram cumpridos 22 mandados de prisão preventiva, 38 de busca e apreensão, e nove conduções coercitivas. Ao todo, 18 pessoas seguem presas.

As investigações se transformaram em um inquérito de 389 páginas. Nos documentos consta que o grupo era formado por núcleos que giravam em torno de Juiz de Fora, onde foi instalada a base da organização. O chefe da quadrilha era Peterson Pereira Monteiro, vulgo Zói, que fornecia a droga para a região e favelas do Rio de Janeiro.

A quadrilha adquiria as drogas, cocaína e maconha, do Paraguai, Bolívia e Peru. Conforme as investigações, o grupo faturava cerca de R$ 20 milhões por mês. O esquema distribuía duas toneladas de cocaína a R$ 10 mil cada quilo a cada 30 dias.

Os criminosos também usavam empresas para comprar imóveis e outros bens. O poder econômico do bando pode ser ilustrado com as apreensões feitas pela PF durante a operação. Foram encontrados cinco aeronaves, um jet-ski, quatro lanchas, 11 imóveis e 14 veículos, vários deles de luxo. Todos os bens, segundo as investigações, valiam aproximadamente R$ 70 milhões.

Em setembro, o Ministério Público Federal (MPF) denunciou os criminosos por associação e tráfico internacional. Entre os denunciados estão, além de Peterson, Seluniel Anselmo Farias, Pedro Henrique Silva Gomes (Pepê), Lívia Maria Bergamini, Rafael Gustavo Ribeiro, Claudiomar Ferreira, Bruno Silva dos Santos, William Silas Leite, Luiz Fernando da Rocha Silva, José Severino da Silva, Álvaro Daniel Roberto, Wilson Souza da Silva, Vítor Mendes Moreschi, Fábio Vicente Carvalho, Ivan Aparecido Martins, Carlos Sandro Simen Poeis, Sávio Silva Simen, Aurélio David Salgado, Saulo Marion Silva Gomes, Jean Jacques da Rocha Moreira.

O MPF pediu que as prisões preventivas dos acusados sejam mantidas, para “evitar não apenas a fuga dos denunciados, mas também a destruição de provas e coação de testemunhas”. Também a manutenção do bloqueio de bens dos acusados.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)