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Estado de Minas

Cratera reabre e transtorno está de volta à Rua Cabo Verde

Cratera na Rua Cabo Verde, que chegou a ser coberta depois de 10 meses de incômodo para o bairro, reabre antes de receber o asfalto. Obra é retomada sob protesto dos moradores


postado em 24/10/2014 06:00 / atualizado em 24/10/2014 07:28

Máquina refaz o trabalho de fechamento do buraco que impede a passagem de veículos e afeta o fornecimento de água e energia elétrica(foto: Beto Magalhães/EM/D.A PRESS)
Máquina refaz o trabalho de fechamento do buraco que impede a passagem de veículos e afeta o fornecimento de água e energia elétrica (foto: Beto Magalhães/EM/D.A PRESS)

Expectativa para o fim de um transtorno que se arrasta desde o fim do ano passado na Rua Cabo Verde, no Bairro Anchieta, Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Há exatos 10 meses, um quarteirão da via foi interditado, entre as ruas Muzambinho e Jornalista Jair Silva. Parte do pavimento cedeu com o desabamento do muro de arrimo de uma obra na esquina com a Muzambinho. Anteontem, a cratera chegou a ser coberta e a rua, embora ainda na terra, liberada ao trânsito. Mas o alívio de comerciantes e moradores, que já esperavam pelo asfalto, durou pouco. Ontem, a cratera se reabriu e o serviço teve de ser reiniciado. Será preciso mais paciência, pois a estimativa da construtora Edifica, responsável pela obra, é de concluir o trabalho somente na quarta-feira, se não houver imprevistos.

Moradores informam que a obra de contenção da rua começou dia 9 e que as redes esgoto e luz funcionam ainda precariamente. Alguns prédios têm luminárias e holofotes na entrada, em substituição ao poste. A água é fornecida aos prédios de mangueira. Desde o acidente, em 24 de dezembro, três linhas de ônibus – 2152, 5101 e suplementar 20 – pararam de circular pela Cabo Verde. Na época, a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec) chegou a interditar três prédios e cerca de 44 pessoas foram levadas para um hotel. Uma semana depois, foi descartado o risco aos edifícios.

Subsíndica de um prédio da Cabo Verde, Selma Carvalho Costa conta que depois do início do trabalho de contenção surgiu uma trinca entre o muro do prédio onde mora e o vizinho, que está senda acompanhada pela Defesa Civil. A expectativa dela era de que na segunda-feira já fosse possível começar a asfaltar a rua. “Não sei se estava previsto fazer isso agora ou se foi antecipado pelo fato de, no fim do mês passado, uma rede da Copasa ter entupido. A companhia informou que não seria possível fazer o reparo se não houvesse intervenção na rua. De qualquer maneira, é uma vergonha essa situação perdurar por quase um ano.”

Também síndica de prédio, Maria do Carmo Neves afirma que a promessa inicial era fazer a contenção da via num prazo de 60 dias. O medo dela é de que o início do período chuvoso atrapalhe ainda mais o andamento da obra e leve risco aos moradores. “A rua amanheceu preparada para o asfalto e, agora, estão desmanchando tudo de novo. Tudo está sendo feito na base da gambiarra”, afirma.

Dono de uma oficina na esquina da Cabo Verde com Muzambinho, Lázaro Antônio da Silva, de 68, diz que trabalha no sufoco. Desde a interdição da rua, ele faz malabarismo para não perder a clientela: atende em domicílio e vai à casa de quem precisa e leva o carro para a oficina, já que uma beirada da rua ainda estava inteira, com margem para manobra de veículos. Ontem, a cena era desoladora. “A construtura está aproveitando pedras da obra do prédio dela para usar na rua. Hoje (ontem) abriu tudo, porque as pedras não aguentaram. A terra é muito úmida. Não acredito que isso termine antes de 15 dias.”

O engenheiro da Edifica Empreendimentos Arquitetura e Engenharia, Gustavo Lourenço Valadares Gontijo, informou que o prazo se estendeu por causa de imbróglios com os vizinhos. “Eles achavam que as medidas que tomávamos não eram boas e isso fez com que o Ministério Público nos embargasse, até provarmos que o que fazíamos era certo”, diz.

Enquanto isso...
…em outra rua

Estão em andamento as obras de contenção de encostas da Rua Passa Quatro, no Bairro Caiçara, na Região Noroeste de BH.
As intervenções, de responsabilidade da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), começaram em agosto e têm previsão de conclusão no primeiro semestre 2015. Desde setembro, também está sendo feita a remoção de entulho do edifício com dois blocos que desabou em 2 de janeiro de 2012, durante uma forte chuva. O acidente matou o corretor de imóveis Janílson Aparecido de Moraes, de 40 anos, e deixou uma mulher ferida.

 


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