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Estado de Minas

Sudecap propõe construção de trincheira no lugar de viaduto que desabou na Avenida Pedro I

A proposta foi apresentada pelo secretário Municipal de Obras da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), José Lauro Terror, em reunião com o promotor Eduardo Nepomuceno


postado em 16/10/2014 17:57 / atualizado em 16/10/2014 18:58

Medida é tratada como solução para ligar os bairros Planalto e São João Batista(foto: Marcos Michelin/EM/D.A.Press - 29/09/2014)
Medida é tratada como solução para ligar os bairros Planalto e São João Batista (foto: Marcos Michelin/EM/D.A.Press - 29/09/2014)

Trincheira de mão dupla com passagem para o transporte rápido por ônibus, o BRT/Move. Essa foi a proposta apresentada pela Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) para substituir o Viaduto Batalha dos Guararapes, na Avenida Pedro I, na Região de Venda Nova. A estrutura desabou em julho deste ano matando duas pessoas. A obra não tem data para ser iniciada, mas deve ficar pronta em um prazo de dois anos.

A proposta foi apresentada pelo secretário Municipal de Obras da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), José Lauro Terror, em reunião com o promotor Eduardo Nepomuceno, na sede do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), no Bairro Cidade Jardim, Região Centro-Sul de Belo Horizonte.

Ao apresentar a proposta, o secretário de Obras afirmou que foram observadas principalmente duas questões – o impacto no trânsito e também aos moradores da região. A trincheira seria a melhor opção para o trecho. A construção terá vias de mão-dupla e com passagem livre para o BRT/Move.

De acordo com José Terror, o projeto será apresentado ao Ministério das Cidades e as obras devem durar dois anos. Porém, ainda não há data para começar. Estudos serão feitos a partir desta quinta-feira para definir os custos e estimar o valor, que deve ficar em torno de R$ 10 milhões. O mesmo valor foi investido pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) na construção do Viaduto Batalha dos Guararapes.

Uma reunião entre o promotor Eduardo Nepomuceno e os representantes das empresas Consol, que fez o projeto do viaduto, e a Cowan, que executou a obra, está marcada para a próxima semana. Em setembro, o MP responsabilizou as duas pela tragédia e as obrigou a devolver os R$ 10 milhões investidos pela PBH. No encontro, o projeto da trincheira será apresentado e as partes vão dizer se aceitam as propostas. Caso julguem positivo, um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) será firmado. Se não aceitarem, estão sujeitas a medidas judiciais.

Construção não agrada moradores

A medida apresentada pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) para ligar os bairros Planalto e São João Batista não agradou os moradores da região. “A melhor coisa seria deixar do jeito que está agora. Mas, na nossa visão, a trincheira é melhor que um viaduto. Porém, temos que ver que será mais um ano de obras, com operários batendo e poeira jorrando”, afirma a advogada e presidente da Associação de Moradores da Avenida Pedro I, Vilarinho e adjacências, Ana Cristina Campos Drumond.

A advogada diz ter temor que a obra siga os mesmos caminhos da trincheira da Avenida Vilarinho. “A trincheira está parada desde sua construção, porque acharam no início dela um entrave, que é a tubulação da Copasa. Não fizeram um projeto decente, que mostrasse que ali passava canos, tanto que ficamos sem água por várias vezes”, explicou.

Nesta sexta-feira, Ana Cristina pretende se reunir com representantes do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) para entregar um dossiê com irregularidades encontradas na Avenida Pedro I depois da queda do Viaduto Batalha dos Guararapes. Entre elas, estão problemas com outros elevados da via e, segundo a advogada, uma nascente tampada pela PBH.


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