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Estado de Minas

Cães vão ajudar nas buscas por vítima de rompimento de barreira em mina de Itabirito

Dois animais e dois militares de Uberlândia foram levados para a mina, onde vão apoiar as buscas pelo operador do operador de restroescavadeira Adilson Aparecido Batista, de 44 anos


postado em 11/09/2014 09:47 / atualizado em 11/09/2014 10:09

(foto: Batalhao de Operacoes Aereas do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais)
(foto: Batalhao de Operacoes Aereas do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais)

Bombeiros Militares do Grupo de Busca e Salvamento com Cães do 8º Batalhão de Bombeiros Militar decolaram de Uberlândia, na Região do Triângulo Mineiro, em direção a Itabirito, na região central, para ajudar nas buscas pelo operador do operador de restroescavadeira Adilson Aparecido Batista, de 44 anos. Ele está desaparecido desde quarta-feira, vítima do rompimento da barragem de rejeitos da Herculano Mineração. Por volta das 8h, a aeronave dos bombeiros saiu da capital para buscar dois animais e dois militares que embarcam às 10h para a mineradora.

A família de Adilson Aparecido acompanha as buscas nesta manhã. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Extração do Ferro e Metais Básicos (Metabase), Sebastião Alves de Oliveira, também está na mineradora e falou sobre a situação trabalhista dos funcionários. É que Adilson havia relatado a um supervisor de serviços na véspera do acidente o medo de trabalhar no local.


Segundo Oliveira, é normal as empresas terem alguns problemas trabalhistas, mas isso não afeta o dia a dia da segurança de operários. Disse ainda que não tem como o sindicato saber que havia problemas de vulnerabilidade na mina porque não fazem fiscalização, apenas verificam denúncias dos trabalhadores. O presidente do Metabase ainda informou que há uma relação familiar da empresa com os trabalhadores. A mineradora ajuda na construção de casas, problemas financeiros e os funcionários acabam deixando as denúncias de lado.

A Herculano, que opera desde 1963, coleciona autuações dos Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e Ministério Público do Trabalho (MPT) por falta de segurança em suas instalações, além de multas por devastação ambiental lavradas pela Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam). Depois do desastre, as atividades da empresa foram suspensas pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).

A onda formada pelos rejeitos da Mina Retiro do Sapecado, na cidade localizada a 55 quilômetros de Belo Horizonte, deixou ainda um operário ferido, dois mortos e o desaparecido. Dois trabalhadores conseguiram escapar e relataram a socorristas momentos de pânico. Muitos tentaram salvar os colegas usando as próprias mãos para escavar, sem sucesso. O acidente ocorreu por volta das 7h30 quando, segundo o Corpo de Bombeiros, equipes trabalhavam na manutenção da barragem. O resgate – considerado de alto risco, por causa da instabilidade do terreno – durou cerca de 11 horas até ser suspenso, na noite de ontem.

Dois corpos foram retirados da lama. O topógrafo Reinaldo da Costa Melo, de 68 anos, funcionário de uma empresa terceirizada, fazia medições próximo à barragem quando foi atingido. Ele foi achado morto, sobre a lama. Cristiano Fernandes da Silva, de 32, que dirigia um caminhão, foi encontrado sem vida na cabine do veículo parcialmente soterrado. Adilson, que operava a retroescavadeira ainda é procurado.


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