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Estado de Minas

Consol alega que Cowan não executou obra de viaduto conforme o projeto técnico

Audiência de conciliação marcada pela Justiça para as 9h de terça-feira vai tentar um acordo entre as partes e esclarecer as dúvidas sobre a demolição


postado em 30/08/2014 06:00 / atualizado em 30/08/2014 06:48

A empresa Consol Engenheiros e Consultores informou ontem que a obra do viaduto não foi executada conforme o projeto técnico que ela elaborou e enumerou alterações que teriam sido feitas pela Construtora Cowan. Segunda a Consol, foram executadas mais de 40 aberturas provisórias (janelas) na laje superior do elevado, algumas com dimensões superiores a 2 metros de largura, mas o projeto previa apenas 2 aberturas, com dimensões de 0,60m x 0,60m. “O sistema de protensão (técnica que confere mais resistência ao concreto) usado não foi indicado no projeto e nem a protensão poderia ser executada com tais janelas abertas”, diz nota da empresa. “Os aparelhos de apoio não são os indicados e as cunhas de nivelamento para os mesmos não foram construídas conforme o projeto. Foram construídas vigas e paredes transversais dentro da estrutura que também não estavam indicadas em projeto”, completa.

A Consol voltou a contestar o laudo particular apresentado pela Cowan para justificar a queda do viaduto, alegando que o relatório não contém análise completa da estrutura. “Houve a retirada forçada do escoramento com as janelas abertas. Tal procedimento é totalmente inadequado e imprudente”, reforça a Consol, ressaltando que “medidas de simples precauções e recomendadas pela boa técnica deveriam ter sido observadas”.

Ainda de acordo com a empresa, a interrupção do tráfego durante a retirada do escoramento teria sido suficiente para eliminar o risco de morte e feridos. A empresa sustenta que o contrato de apoio técnico e gerencial à execução das obras, firmado com a Sudecap, foi encerrado em março de 2013. “A Consol não acompanhou a execução da obra do Viaduto Batalha dos Guararapes”, reforça. A Cowan não se manifestou sobre o assunto.

DEBATE Audiência de conciliação marcada pela Justiça para as 9h de terça-feira, no plenário do 1º Tribunal do Júri do Fórum Lafayette de Belo Horizonte, vai tentar um acordo entre as partes e esclarecer as dúvidas sobre a demolição da alça norte do Viaduto Batalha dos Guararapes, na Avenida Pedro I. A implosão de um dos pilares, que deve levar a estrutura ao chão, está prevista para 14 de setembro e deve exigir a desocupação de 370 imóveis em um raio de 200 metros.

O juiz da 4ª Vara da Fazenda Municipal de Belo Horizonte, Renato Luís Dresch, convocou representantes do Ministério Público, da Defesa Civil, prefeitura e moradores dos prédios vizinhos do elevado para o encontro. Segundo o juiz, o objetivo da audiência é tentar encontrar o mais rápido possível uma solução para os problemas, “preferencialmente conciliada”, tendo em vista que a situação atual do viaduto está causando “grande transtorno para a população vizinha, além de criar tumulto no trânsito”.

A dona de casa Ana Lúcia Machado Aguiar, de 42 anos, que mora ao lado da alça norte, adiantou que vai participar da audiência. “O jeito agora é ter paciência e esperar pelo dia 14. Essa novela tem que acabar”, disse ela, que desde 28 de julho está hospedada com outras famílias em um hotel, por questão de segurança, levadas pela Construtora Cowan.

 


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