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Estado de Minas

Prefeitura marca implosão da alça do Viaduto Batalha dos Guararapes

A Coordenação Municipal de Defesa Civil (Comdec) de Belo Horizonte definiu ontem a área que deverá ser evacuada


postado em 27/08/2014 00:12 / atualizado em 27/08/2014 07:18

Tiago de Holanda

Alça norte de viaduto está escorada: projeto de demolição está pronto(foto: Euler Junior/EM/D.A Press. )
Alça norte de viaduto está escorada: projeto de demolição está pronto (foto: Euler Junior/EM/D.A Press. )

O prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, informou ontem que a prefeitura espera que a demolição da alça norte do Viaduto Batalha dos Guararapes, na Avenida Dom Pedro I, ocorra em 14 de setembro. A estrutura está interditada desde a queda da alça sul, em 3 de julho. A Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec) definiu que uma área de 200 metros deverá ser evacuada para que se adote o método de implosão. “Temos o projeto pronto. Nosso pessoal foi ao Rio de Janeiro no fim de semana, para acompanhar a implosão de uma antiga fábrica. Não vamos implodir todo o viaduto. Vamos fazer uma implosão controlada do pilar, para que a estrutura caia, como se fosse uma falha da sustentação”, detalhou.

A área ao redor da estrutura terá que ser isolada cerca de uma hora antes do procedimento e voltará a ser liberada meia hora depois de sua conclusão, segundo a Comdec. O círculo delimitado abrange edificações nos bairros Planalto (Região Norte) e São João Batista (Venda Nova), incluindo todos os prédios dos residenciais Antares e Savana, que estão em um raio de 50 metros o que, segundo Lacerda, vai depender de uma proteção específica.

“A preocupação maior é com a população. Aquelas pessoas que quiseram se deslocar para hotéis tiveram a opção. As demais estão tendo assistência no dia a dia”, garantiu o prefeito. A Comdec pretende começar ainda nesta semana a cadastrar moradores da área que será evacuada, além de pessoas que trabalham no local.

“Ainda não sabemos o número de residências e pontos de comércio. O cadastramento será feito para que essas pessoas sejam informadas sobre o que vai acontecer, em qual momento terão que sair. Vamos visitar as lojas e residências e registrar os e-mails e telefones de todos”, explica o coordenador da Comdec, coronel Alexandre Lucas.

Depois que a alça sul desabou, a construtora responsável pela obra do viaduto, a Cowan, divulgou um laudo técnico afirmando que erros de projeto haviam causado o incidente, que matou duas pessoas e feriu 23. Segundo o parecer, a alça norte poderia cair a qualquer momento, por ter sido construída repetindo as falhas, que são negadas pela empresa autora do projeto, a Consol. Apesar de não serem oficiais, as informações motivaram a prefeitura a determinar a remoção das famílias que moram nos blocos 8 e 9 do Residencial Antares e no bloco 3 do Savana, mais próximos ao elevado. Parte delas foram instaladas em um hotel, mas algumas se recusaram a sair.

Liminar


A Justiça manteve a liminar definindo que a alça norte do viaduto pode ser demolida somente após o procedimento ser discutido com a “população imediatamente atingida”, composta por moradores e comerciantes da região. O juiz Renato Luís Dresch, da 4ª Vara da Fazenda Municipal de Belo Horizonte, em decisão publicada segunda-feira, recusou os embargos de declaração interpostos pelo Executivo municipal, mas ainda cabem outros recursos, segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).

OCUPAÇÕES O prefeito Marcio Lacerda voltou ontem a criticar as ocupações de sem-teto na Granja Werneck, Região Norte de BH. “O investimento da prefeitura é de R$ 200 milhões para cuidar da parte de equipamentos públicos, escolas, unidades de saúde. O projeto está pronto para iniciar as obras. Essa invasão foi feita quando o projeto já era conhecido, quando já era público. Então, é um movimento de contestação da política oficial de habitação. Em um espaço em que se pode colocar 13 mil, 15 mil, 20 mil famílias, tem lá, de acordo com nosso levantamento, cerca de 2,5 mil. Aliás, na época havia de fato 900 morando lá”, afirmou. Lacerda destacou que o atual processo de repasse de moradias se baseia em critérios da legislação federal e municipal e que, segundo ele, está sendo sabotado por “pretensos líderes políticos que querem simplesmente tumultuar a situação”.


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