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Estado de Minas

Justiça manda Facebook retirar convocações para rolezinho em shopping de Contagem

Decisão é tomada visando evitar tumulto em centro de compras na região metropolitana


postado em 25/07/2014 11:26 / atualizado em 25/07/2014 15:04

A Justiça determinou que o Facebook retire de sua página convocações para encontros no Shopping Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, chamados de rolezinhos. O descumprimento da ordem está sujeito à multa diária de R$ 1 mil, limitada inicialmente em R$ 50 mil. A decisão confirma liminar expedida pelo juiz da 4ª Vara Cível do município.

Na ação, o centro de compras alega que ocorreram dois rolezinhos em suas dependências em 26 e 30 de novembro de 2013, com a participação de cerca de mil jovens, sendo a maioria menores entre 13 e 16 anos. Na ocasião, de acordo com o estabelecimento, houve tumulto generalizado e atos de vandalismo, o que prejudicou o empreendimento, os lojistas e os frequentadores. Foram anexadas reportagens que confirmam os tumultos, inclusive com notícias de assalto e transtornos dentro e nos arredores do shopping.

Ao tomar conhecimento de que havia a convocação para um novo rolezinho no dia 11 de janeiro deste ano, o shopping ajuizou a ação, com pedido de liminar para que o Facebook retirasse as páginas e grupos com o nome "Encontro do Shopping Contagem". A liminar foi concedida pelo juiz da 4ª Vara Cível de Contagem, André Luiz Tonello de Almeida.

Em sua defesa, a rede social recorreu à Justiça por meio de agravo de instrumento, alegando que a decisão viola as garantias constitucionais de liberdade de expressão, manifestação de pensamento e direito de reunião. A argumentação diz ainda que não tem condições de cumprir a determinação, porque a exclusão de eventuais conteúdos depende exclusivamente da indicação do endereço (URL) específico do conteúdo em questão.

O desembargador Marcos Lincoln, relator do recurso, ressaltou que foram comprovados os tumultos e prejuízos para o centro de compras e que os rolezinhos ocorreram por meio de convocações no Facebook. Assim, o relator manteve a decisão de primeiro grau, sendo acompanhado pelos desembargadores Wanderley Paiva e Alexandre Santiago.

O Facebook interpôs um recurso no próprio TJMG, alegando que houve omissão no julgamento e insistindo na tese da impossibilidade de cumprir a decisão. O recurso está sendo analisado pelo desembargador Marcos Lincoln, porém a decisão foi mantida.


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