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Estado de Minas

Moradores de prédios vizinhos a viaduto na Pedro I serão retirados

Uma escola da região também será evacuada. Remoções começam o mais rápido possível, conforme a Defesa Civil


postado em 23/07/2014 10:50 / atualizado em 23/07/2014 13:56

Movimentação no local da queda do viaduto em Venda Nova (foto: Paulo Filgueiras/EM DA Press)
Movimentação no local da queda do viaduto em Venda Nova (foto: Paulo Filgueiras/EM DA Press)

Moradores de prédios vizinhos ao viaduto que desabou na Avenida Pedro I, em Venda Nova, serão retirados de casa por causa do risco de queda da alça norte. De acordo com o coordenador da Defesa Civil Municipal, coronel Alexandre Lucas, o cadastramento das famílias vai começar ainda na tarde de hoje. Uma escola da região também será evacuada e as aulas transferidas para outro local,  a ser negociado pela diretoria.

A ação é uma resposta ao laudo apresentado pela Cowan, responsável pela obra, que apontou risco de desmoronamento da estrutura. A Defesa Civil contesta o resultado e diz que não há perigo de desabamento. Mesmo assim, tomou a ação preventiva de retirar as famílias.

(foto: Paulo Filgueiras/EM DA Press)
(foto: Paulo Filgueiras/EM DA Press)
Segundo engenheiros e calculistas, a alça do Viaduto Batalha dos Guararapes foi construída com um décimo da ferragem necessária. A empresa afirma que o erro foi do projeto executivo entregue pela Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), que contratou a empresa Consol para fazer o trabalho. Essa última, por sua vez, contestou o resultado e afirmou que existem divergências entre a concepção e a execução da obra pela construtora.

Alexandre Lucas afirma que as remoções serão feitas o mais rápido possível. “Tomamos a decisão de evacuar para que haja segurança da comunidade. Não poderíamos garantir - depois do laudo divulgado - que essas pessoas dormissem tranquilas. A gente não pode de maneira nenhuma deixar de considerar o pavor e a inquietude causada neles. São 186 famílias, a logística disso é muito pesada. Estamos fazendo todo o planejamento para levar para hotéis da região”, afirmou o coronel.

As pessoas serão encaminhadas para hotéis, podendo retirar de casa apenas alguns pertences como roupas e sapatos. As famílias com crianças em idade escolar ou com deficientes físicos terão prioridade para ficar perto da região. A Defesa Civil afirma que a Cowan dará todo apoio de transporte, alimentação e lavanderia para quem for removido. “Tudo está sendo planejado para diminuir o sofrimento deles, que é grande”, afirma o coronel. Assistentes sociais da prefeitura vão apoiar nos trabalhos de remoção dos moradores. Quem optar por ficar na casa de algum parente, terá o transporte fornecido pela PBH.

Sobre o Colégio Helena Bicalho, o coronel disse que a Cowan vai alugar um imóvel comercial para realocação das aulas. “Os pais estão preocupados com o viaduto cair em cima da escola. A Defesa Civil considera prejuízos humanos, ambientais e sociais. Não podemos permitir que pessoas durmam ao lado de um viaduto que, segundo um técnico renomado, pode cair a qualquer momento. Acreditamos na segurança. Vamos ampliar o perímetro de isolamento”, afirma o coronel.


Morador


A notícia da retirada de pessoas de prédios próximos ao viaduto não tranquiliza os moradores dos condomínios. O aposentado Guilherme Diniz diz que a medida da prefeitura é complexa de ser executa por conta das realidades diferentes de cada morador. "Tem gente quem tem filho deficiente em casa. Não é chegar e tirar", reforça. Morador há 13 anos do Edifício Antares, vizinho ao viaduto, Diniz afirmou que vai tentar um acordo com a Defesa Civil para permanecer no condomínio. Se tiver que sair, ainda não sabe se ficar em hotel ou casa de parentes.

Representante da comissão de moradores, o aposentado falou em omissão por parte da Câmara Municipal e da Assembleia. Por fim, Guilherme Diniz informou que aguarda a conclusão do laudo técnico da Polícia Civil sobre tragédia para formar uma comissão e tentar reunião com o prefeito Marcio Lacerda.

Escola

O Colégio Helena Bicalho, da Rede Pitágoras, recebeu orientação da Defesa Civil para suspender as aulas no local por 30 dias. A instituição tem 400 alunos, do primeiro ano do ensino fundamental até o terceiro ano do ensino médio, qu estudam nos turnos da manhã e tarde. A diretora está estudando a possibilidade de levar as aulas para a Faculdade Izabela Hendrix da Avenida Doutor Álvaro Camargos ou da Faculdade Pitágoras da Rua Padre Pedro Pinto, ambas instituições com aulas apenas no turno da noite.


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