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Estado de Minas

Mariana vai tornar subterrâneas as redes elétrica e telefônica

O serviço que vai acabar com a poluição visual da cidade histórica foi iniciado há uma semana e vai demandar de seis a oito meses


postado em 17/07/2014 00:12 / atualizado em 17/07/2014 07:23

Gustavo Werneck

Fiação área que interfere na beleza do casario vai desaparecer(foto: Elcio Rocha/Divulgação)
Fiação área que interfere na beleza do casario vai desaparecer (foto: Elcio Rocha/Divulgação)

No mês em que celebra 318 anos de história – a festa cívica foi ontem na Praça Minas Gerais –, Mariana, na Região Central, começa um trabalho para acabar com a poluição visual que interfere na beleza das igrejas barrocas, casario dos séculos 18 e 19 e demais monumentos tombados. Já está em andamento projeto de requalificação do Centro Histórico para tornar subterrâneas as redes elétrica e telefônica. Outra providência está na troca dos postes por lampiões. Segundo a secretária municipal de Obras e Planejamento Urbano, Fátima Guido, a intervenção contemplará ainda revisão da drenagem, tubulações de água e esgoto e implantação de hidrantes.

Na manhã de ontem, autoridades, moradores e visitantes celebraram na primeira vila, cidade e diocese do estado o Dia de Minas, com a presença do governador Alberto Pinto Coelho. De forma simbólica, a capital foi transferida para a cidade e houve missa solene na Igreja de Nossa Senhora do Carmo, celebrada pelo arcebispo metropolitano dom Geraldo Lyrio Rocha, toque de sinos nas igrejas durante 10 minutos e cerimônia de entrega de medalhas. O dia 16 de junho se refere à chegada às margens do Ribeirão do Carmo, em 1696, do bandeirante Salvador Fernandes Furtado, fundador do Arraial do Ribeirão do Carmo, que deu origem a Mariana.

Quem caminha pelas ruas dos Centro, a exemplo da Capitão Joaquim Gomes de Araújo (Bicentenário), já pode ver trechos revolvidos para receber o novo serviço a ser executado em etapas, a fim de não causar muitos transtornos ao trânsito. Na primeira fase, serão beneficiadas as ruas das Mercês, Cônego Rêgo e Barão de Camargo, estando no roteiro as ruas do Seminário e Dom Viçoso. Fátima explica que a requalificação será “ótima oportunidade para a recomposição da pavimentação”, com acréscimo de pedras de quartzito e reconstituição das calçadas. Como se trata de uma cidade tricentenária, as intervenções para acessibilidade só serão feitas onde for possível.

Arqueologia

O serviço foi iniciado há uma semana e vai demandar de seis meses a oito meses, com recursos da Prefeitura de Mariana estimados em R$ 8 milhões. Para deslanchar a empreitada, foi dado o sinal verde pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), responsável pelo tombamento do Centro Histórico desde 1945. Todas as ações serão monitoradas por um arqueólogo de forma, se forem encontrados objetos ou vestígios de canaletas ou construções antigas, os bens sejam protegidos, sem dano ao patrimônio até então encoberto. “O projeto é importante para o turismo, mas principalmente para os moradores, que poderão abrir uma janela e ver a arquitetura sem a fiação, além, claro, da segurança. Poucas cidades fazem esse tipo de obra”, disse a secretária.

Para direcionar o projeto, algumas medidas de segurança estão sendo tomadas. Nas ruas em obras, não será permitido o trânsito de veículos e onde houver execução dos serviços, a rede de distribuição de água será ligada sempre a partir das 16h, daí a necessidade de se evitar o desperdício. Todos os demais serviços básicos legais, como eletricidade, telefonia e coleta de lixo serão mantidos.

 


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