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Estado de Minas

Transporte de BH e estrutura montada na Savassi têm dia decisivo com jogo da Seleção

Partida contra o Chile no Mineirão é decisiva para a cidade. Resultado terá impacto sobre a sequência do evento na cidade


postado em 28/06/2014 06:00 / atualizado em 28/06/2014 06:54

Assim como a Seleção Brasileira, Belo Horizonte terá um dia decisivo. A partida entre Brasil e Chile no Mineirão, pelas oitavas de final da Copa, será teste de fogo para o sistema de transporte montado na cidade – com a previsão de ampla maioria brasileira no estádio – e para a estrutura reforçada na Savassi em caso de comemoração de uma vitória brasileira. Além disso, o resultado do jogo terá impacto sobre a sequência do evento na cidade: autoridades e comerciantes avaliam que uma vitória do Brasil manteria ou até aumentaria a participação da população em eventos relacionados à Copa, enquanto uma eventual desclassificação resultaria em ganhos menores do setor de serviços, por exemplo, com o Mundial. Já o número de estrangeiros que virão a Belo Horizonte não seria impactado por uma derrota brasileira, uma vez que o Mineirão receberá uma das semifinais do torneio.

Hoje, a Polícia Militar espera público superior a 25 mil pessoas na Praça Diogo de Vasconcelos (da Savassi) para acompanhar o jogo e, eventualmente, comemorar uma vitória brasileira. Ao todo, serão 272 banheiros químicos com capacidade de atender 27,2 mil pessoas, sendo 172 instalados pela Belotur nas ruas e 100 dentro do evento privado Savassi Cultural. A BHTrans também decidiu reforçar os ônibus da operação especial do BRT/Move (linha troncal 50). Os veículos fazem o trajeto Centro-Pampulha.

Pela estimativa da segurança pública, caso o Brasil consiga avançar até a semifinal, prevista para o dia 8 de julho, no Mineirão, até 27,5 mil pessoas poderão se reunir para assistir aos jogos e comemorar na Savassi. Com isso, os 272 banheiros públicos na praça atingiriam o limite de utilização, gerando filas e risco de repetição de cenas de uma multidão urinando em portas de lojas. Com uma eventual desclassificação do Brasil, avaliam autoridades ouvidas pelo Estado de Minas, a estimativa de público na Savassi em dias de maior movimento seria reduzida para 15 mil pessoas.

Outro setor que seria afetado diretamente com o aquecimento ou esfriamento da empolgação dos torcedores é o de serviços. De acordo com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), a Copa do Mundo pode gerar um incremento estimado em R$ 70 milhões para o setor. “Os jogos do Brasil são os que mais movimentam as pessoas, seguido pelos de outras seleções no Mineirão. Se a Copa do Mundo mantiver o ritmo da primeira fase poderemos fechar a competição com incremento de R$ 70 milhões”, calcula o presidente da entidade, Fernando Júnior. Caso o Brasil seja eliminado, ele acredita que a previsão será mudada. “Será um crescimento menor, encolhendo 20%”, avalia.

O secretário municipal extraordinário para a Copa do Mundo, Camillo Fraga Reis, afirma que, mesmo que o Brasil seja desclassificado, os banheiros químicos e toda a estrutura já instalada serão mantidos. “O público na Fan Fest, por exemplo, continuará a ser grande, pois as pessoas são atraídas por jogos de grandes seleções e bons shows gratuitos. No caso da semifinal, todos os ingressos já foram vendidos, dos quais 60% para estrangeiros, sendo a maioria alemães, com 9 mil entradas”, disse. Por isso o secretário não gostaria de fazer previsões como as do planejamento da segurança pública. “Há fatores que vão contribuir para que muita gente ainda assista à Copa, mesmo que, Deus me livre, o Brasil seja desclassificado. Principalmente porque estamos em época de férias e os eventos têm atraído as pessoas da cidade, já que realmente o público nacional é o mais intenso”, afirma.

Muitos estrangeiros A continuidade ou não da Seleção Brasileira não impactaria na chegada de estrangeiros. São esperados de hoje até a semifinal em BH cerca de 140 mil torcedores vindos de outros países. Na Fan Fest, na Gameleira, Região Oeste de BH, por exemplo, a ocupação máxima de 21 mil pessoas foi atingida nos três jogos da Seleção Brasileira, mas a média de ocupação foi de 17.750 nos oito dias de eventos da 1ª fase da competição, quando o Brasil não jogou.

Mesmo que haja a desclassificação da Seleção Brasileira, a segurança pública promete não desmobilizar o contingente que garante patrulhamento e acompanhamento de manifestações – um protesto está marcado para hoje, às 10h, na Praça Sete. Procurados, o porta-voz da Polícia Militar, tenente-coronel Alberto Luiz Alves, e o coordenador do Núcleo de Operações e Inteligência da Secretaria Estadual de Turismo e Esportes, coronel Wilson Chagas Cardoso, não quiseram comentar sobre as estimativas de torcedores nas ruas de acordo com o desempenho da Seleção Brasileira, mas afirmaram que o contingente de 13 mil militares será mantido. “Estaremos atentos para agir em qualquer situação”, disse o tenente-coronel Alberto Luiz. “O grande número de turistas e de torcedores que co0mpraram suas entradas ainda precisará de proteção, independentemente do resultado do Brasil”, afirmou o coronel Cardoso.


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