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Estado de Minas

Para evitar caos, BHTrans dobra número de veículos do BRT da Antônio Carlos

Demanda excessiva de passageiros, sobe de 51 para 101 o número de ônibus na avenida. As novas linhas alimentadoras passam a operar no próximo sábado


postado em 23/05/2014 06:00 / atualizado em 23/05/2014 07:12

Diante da quantidade inesperada de passageiros, as linhas 50, 51 e 52, que circulam na pista exclusiva da Avenida Antônio Carlos, terão reforço a partir da segunda-feira(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A.Pess )
Diante da quantidade inesperada de passageiros, as linhas 50, 51 e 52, que circulam na pista exclusiva da Avenida Antônio Carlos, terão reforço a partir da segunda-feira (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A.Pess )

O volume de passageiros acima do esperado nas plataformas do BRT/Move do corredor Antônio Carlos obrigou a BHTrans a acelerar seu cronograma e a dobrar o número de veículos de transporte das linhas 50, 51 e 52, que circulam dentro na pista exclusiva (linhas troncais). O sistema contava com 51 ônibus, mas, em razão da grande procura, a empresa de transporte e trânsito começou a adicionar mais 50 até a próxima segunda-feira.

O início da operação do Move na Avenida Antônio Carlos foi mais caótico do que na Avenida Cristiano Machado, com estações muito cheias e vias congestionadas. É a segunda vez que a BHTrans precisa ampliar emergencialmente a oferta de transporte no corredor. Na última terça-feira, a linha 50 passou de 117 viagens diárias para 146, e a linha 51, de 88 para 109. Os ajustes somados à incorporação de linhas do antigo BHBus para o sistema Move, no sábado, deverão aliviar também o tráfego na avenida fora dos corredores exclusivos, segundo expectativa da empresa.

Segundo o diretor-presidente da BHTrans, Ramon Victor Cesar, não será necessário que as empresas adquiram mais ônibus além dos 500 previamente encomendados para a implantação do Move. “A gente não imaginava que teria uma demanda tão grande. Foi maior do que a gente planejava para este momento. Por isso, foi preciso um reforço tão rápido. Isso era para ser gradativo nos nossos planos”, afirma. Victor avalia que a concentração de mais pessoas se deu pelas características do novo sistema, com viagens mais curtas. “Os horários de pico estão sendo menores, porém mais intensos”, disse.

No sábado será a segunda etapa de operação do Move na Antônio Carlos, incorporando mais 37 mil usuários de 11 linhas convencionais que deixarão de existir e passarão a ser supridas por oito linhas alimentadoras, que vão levar os usuários de bairros para a Estação Pampulha. Pelo preço de uma passagem, os passageiros que antes só podiam se deslocar até o Centro terão a opção de baldear para outras áreas como a região hospitalar. Nesta fase serão retirados 86 ônibus que circulavam pela pista de tráfego misto no horário de pico da manhã.

No último sábado, 82 veículos já tinham sido eliminados da pista de tráfego comum para serem incorporados ao sistema. Antes do Move, circulavam 354 ônibus convencionais entre o Anel Rodoviário e a Lagoinha nos horários de pico. A partir de sábado, esse número vai cair 47%, chegando a 186 ônibus. No restante do corredor exclusivo, entre o Anel Rodoviário e a Avenida Portugal, os atuais 191 ônibus que circulam na pista mista serão reduzidos para 105 (-45%).

 

RECLAMAÇÕES

O início da operação do BRT/Move na Antônio Carlos foi sinônimo de problema para porteiro Adriano Rufino de Araújo, de 35 anos, Ele conta que com a retirada da linha diametral, que fazia a ligação entre o Bairro Jardim Leblon, na Região de Venda Nova, e o trabalho dele, no Sion, na Centro-Sul, o tempo de viagem piorou, ao invés de diminuir. “Com a extinção da linha, uma outra, alimentadora, foi criada até a estação. Só que antes de passar no meu bairro, o ônibus atende o Rio Branco e o Piratininga. Não há mais cumprimento do horário, e os coletivos só passam lotados”, reclama.

Segundo Adriano, o trajeto até a estação passou a ser muito estressante, bem como ao terminal também. “A estação está cheia demais. É muito passageiro e pouco veículo do BRT. O trajeto no corredor exclusivo é bom, mas não compensa a perda de tempo nos outros deslocamentos, e o desgaste nas outras linhas”, afirma o porteiro, lembrando que, após o desembarque no Centro da cidade, ele ainda precisa pegar outro ônibus até o Sion. “Antes, eu gastava 50 minutos e hoje chega a uma hora e meia.”

Para reduzir a confusão pela qual muitos usuários passaram, a BHTrans informou que reforçou a sinalização de orientação aos usuários na Estação Pampulha. Para se ter mais fluidez, os acessos foram alargados com a instalação de mais seis catracas ,e os postos de atendimento e bilheteria foram ampliados.

Na nova etapa do Move, algumas mudanças serão feitas no transporte público na região Oeste. Com a implantação da linha troncal 5250, três linhas diametrais que circulam na região ganharão complementação de três linhas radiais convencionais. As novas linhas estarão integradas com a nova linha 5250, dispensando o pagamento da tarifa complementar. Também será criada a linha alimentadora 207. O veículo ligará o Bairro Betânia à Estação Vila Oeste do metrô. Os usuários pagarão tarifa de R$ 2,05. Ela fará a integração com a linha troncal 5250. Assim, o usuário apenas pagará o complemento de R$ 0,80 ao embarcar.

 

 

 

 


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