A Polícia Civil realiza nesta quinta-feira a reconstituição do assassinato de Giovanna Ramos Duarte, de 10 anos, vítima de uma bala perdida quando brincava com o pai em uma praça de Santa Bárbara, na Região Central de Minas Gerais. A reprodução da morte será feita às 9h. Testemunhas que estavam no local no momento do crime vão participar. A presença dos três homens presos pelo homicídio ainda não foi confirmada.
O delegado responsável pelo caso, Domiciano Ferreira Monteiro de Castro Neto, disse que a reconstituição vai servir para esclarecer totalmente como foi o crime. “Os presos deram uma versão diferente do que todas as seis testemunhas ouvidas pela gente contaram. Acredito até que o advogado vai orientá-los a não participar, pois não vão ter uma versão lógica”, explica.
Durante a ação, as testemunhas que estavam na praça em 29 de março, data do crime, vão participar. “Vou colocar cada pessoa no local onde estavam e mostrar o passo a passo do crime. Vou apresentar aos presos que a garota era um alvo fácil para ser observado”, comenta o delegado.
O inquérito sobre o assassinato já está quase finalizado. Os laudos de necrópsia já foram anexados ao documento, assim como as oitivas das testemunhas. Falta apenas o resultado da reconstituição.
Relembre o crime
O assassinato aconteceu na tarde de 29 de março. De acordo com a Polícia Militar (PM), Giovanna brincava em uma praça junto com o pai quando uma confusão começou. Márcio Emanoel dos Santos, e Filipe Ferreira da Silva, o Filipim, ambos de 18 anos, começaram uma discussão com Diego Rafael Silva Ribeiro, Rafinha. Testemunhas contaram aos policiais que atenderam a ocorrência, que o tumulto foi causado por uma ex-namorada da vítima que também se relacionava com Emanuel.
Na briga, Filipe sacou uma pistola calibre.380 e fez alguns disparos em direção a Diego, que acabou atingido em uma das pernas. Um dos tiros também acertou Giovanna na lateral do abdômen. Ela foi socorrida para o Hospital Municipal da cidade onde sofreu três paradas cardíacas. Por causa de seu grave estado de saúde, foi transferida para o Hospital João XXIII, onde morreu na madrugada do dia seguinte.
Todos os três estão presos temporariamente. O prazo da prisão se encerra em 4 de maio. “Ainda cabe a conversão para a preventiva e vou deliberar por isso”, diz o delegado.