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Estado de Minas SEIS SEMANAS

Expansão do Move vai ficar para depois do feriado

Obras correm contra o tempo para conseguir atender aos usuários até o fim de maio, quando o sistema deve ser entregue


postado em 18/04/2014 06:00 / atualizado em 18/04/2014 07:53

Na Cristiano Machado, usuários do sistema já reclamam de superlotação. Move começou a ser testado na Antônio Carlos em março (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
Na Cristiano Machado, usuários do sistema já reclamam de superlotação. Move começou a ser testado na Antônio Carlos em março (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)

Por causa do feriado da semana santa, a BHTrans não vai continuar no fim de semana a expansão do transporte rápido por ônibus, o BRT/Move, em Belo Horizonte. Com isso, restará apenas um mês e meio para concluir a implantação completa do sistema na capital. De acordo com o calendário apresentado na semana passada pela autarquia, o novo meio de transporte estará totalmente liberado até o fim de maio, a duas semanas da Copa do Mundo. Para se ter uma ideia do desafio, há seis semanas, a BHTrans inaugurou o corredor Cristiano Machado e integrou nove linhas ao sistema. Em igual período, terá de criar mais 19 linhas na mesma avenida e ainda pôr em operação os corredores Antônio Carlos/Pedro I e Vilarinho.

Na avaliação do professor de engenharia de transporte da Universidade Fumec, Márcio Aguiar, pelo que foi feito nas últimas semanas, não há tempo hábil para a conclusão da implantação até o fim de maio. “Assim como os aeroportos, no caso do BRT, o que foi prometido para a Copa não estará pronto. Será necessário improvisar com o uso de ônibus e linhas especiais. Mesmo que a orientação seja para acelerar, há ainda muitas obras a fazer”, afirma. O professor ressalta que também é preciso melhorar o sistema já implantado. “A Estação São Gabriel ainda está muito aquém do que deveria estar para entrar em operação”, completa.

O consultor em transporte e trânsito Silvestre Andrade aponta o risco de se atropelar o sistema por causa da pressa. “Poucos casos mal-sucedidos do BRT são aqueles em que o sistema foi introduzido antes de haver condições de colocá-lo realmente nas ruas. A Copa é um marco interessante, uma satisfação para a sociedade e os financiadores, mas não pode fazer com que o sistema comece no atropelo”, afirma. Ele considera a Estação Pampulha, no corredor Antônio Carlos/Pedro I, o principal gargalo. “Mas, na Copa, é possível fazer um serviço especial para os dias de jogo, atendendo uma grande demanda”, aponta.

AJUSTES Além de expandir, a BHTrans terá o desafio de ajustar a implantação desde sua inauguração. No último sábado, houve a integração de cinco linhas, que vão dos bairros à Estação São Gabriel, ao sistema do BRT/Move. Duas delas deixaram de ir dos bairros para o Centro e passaram a ter o terminal como destino. Junto com a criação da linha do BRT/Move 9850 (Estação São Gabriel/Estação José Cândido), as ações integraram a segunda etapa da ampliação do novo sistema de transporte. Passageiros reclamaram de ônibus cheios, atrasos ao esperar pelo BRT/Move, filas para a compra do bilhete, além da falta de sinalização e informação na Estação São Gabriel.

Para a BHTrans, a implantação da segunda etapa transcorreu como esperado. Segundo a empresa, com a integração de mais linhas no terminal São Gabriel, usuários passaram a ter mais opções de ônibus e destinos. Também informou que aumentou o número de veículos, mas assume que, no período entre 7h e 8h, os ônibus estão circulando com a capacidade total de passageiros. A empresa ressalta ainda que vai ajustar os horários das linhas para promover maior sincronia entre os coletivos alimentadores e o BRT/Move, reduzindo o tempo de espera dos passageiros. Quanto às filas, a BHTrans aponta que elas podem ser evitadas com o uso do cartão BHBus, adotado por 60% dos usuários na capital.

Reajuste no ônibus metropolitano


As linhas de ônibus intermunicipais que atendem à Grande BH e os táxis especiais metropolitanos terão aumento de tarifa a partir de hoje. De acordo com a Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop), a tarifa dos coletivos passa dos atuais R$ 3,30 para R$ 3,50. A secretaria informou que o reajuste de 6,57% foi menor do que o projetado, já que o governo determinou isenção da taxa de custo de gerenciamento operacional, no valor de 4%, que as concessionárias do transporte metropolitano recolhem ao estado.

A renúncia fiscal com essa desoneração é de R$ 38,5 milhões ao ano. “Importante ressaltar que o reajuste de 6,57% nas tarifas dos ônibus metropolitanos é menor do que os índices de inflação registrados de novembro de 2012 a dezembro de 2013. Neste mesmo período, a inflação subiu 7,98%, de acordo com o IPC/IBGE, 7,59%, de acordo com o INPC /IBGE e 6,72%, de acordo com o IGP-M/FGV”, sustenta a Setop, por meio de nota.

Também hoje entram em vigor as novas tarifas dos táxis especiais metropolitanos, que serão reajustadas em 7,49%. Com o reajuste, o valor da bandeira 1 passa de R$ 2,45 para R$ 2,63 e da bandeira 2, de R$ 2,94 para R$ 3,16. A bandeirada de partida sobe de R$ 4,45 para R$ 4,78.


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