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Estado de Minas

Obras em dois pontos críticos de alagamento em BH só no fim de 2016

Atingidos por temporal contabilizam prejuízos e cobram providências da PBH. Em pelo menos dois endereços da cidade, moradores e comerciantes não conseguiram conter a indignação


postado em 05/04/2014 06:00 / atualizado em 05/04/2014 06:57

Wanderlei Salatiel limpa calçada de prédio na Prudente de Morais(foto: Fotos: Edésio Ferreira/EM/D.A PRESS)
Wanderlei Salatiel limpa calçada de prédio na Prudente de Morais (foto: Fotos: Edésio Ferreira/EM/D.A PRESS)
Depois do temporal que assustou Belo Horizonte anteontem e provocou pontos de inundação e alagamento em diferentes regiões da capital, arrastando carros e invadindo imóveis, ontem foi dia de limpar o que não foi levado pela enxurrada e calcular os prejuízos. Em pelo menos dois endereços da cidade, moradores e comerciantes não conseguiram conter a indignação. Enquanto as obras de prevenção de enchentes prometidas há anos não são implementadas para resolver os problemas das avenidas Prudente de Morais, no Bairro Santo Antônio, Centro-Sul da cidade, e Francisco Sá, no Bairro Prado, Região Oeste, as perdas com as tempestades se repetem. E quem tem a rotina ligada a essas vias pode se preparar, porque a previsão é de que as intervenções só estejam totalmente concluídas no fim de 2016, daqui a mais de dois anos, segundo a Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura.

No cruzamento da Avenida Prudente de Morais com a Rua Joaquim Murtinho, no Santo Antônio, a água subiu em uma velocidade assustadora, segundo o administrador de um edifício na esquina, Wanderlei Salatiel, que passou a manhã tirando a lama das calçadas. “Dessa vez a água subiu um metro e meio. Quem se arriscou de carro acabou tendo prejuízos”, conta. Ele reclama que já trabalha no local há 18 anos e o problema só vem piorando. “Há mais tempo as inundações tinham frequência de uma vez a cada período chuvoso. Atualmente, toda chuva forte alaga essa esquina. Já tivemos morte aqui e o problema não foi resolvido”, diz Wanderlei.

Em 2012, a prefeitura iniciou os trabalhos de desassoreamento da Barragem Santa Lúcia e de implantação de uma galeria paralela à existente na avenida Prudente de Morais, no trecho entre as ruas Barão de Macaúbas e Bárbara Heliodora. “Eles pararam porque encontraram rochas no solo, que não conseguiram furar”, completa Wanderlei. Na época, a prefeitura afirmou que a paralisação foi motivada por revisões no projeto dos túneis da Prudente de Morais. Em nota, a Secretaria de Obras garantiu que o desassoreamento da barragem foi concluído em 2013 e que a previsão de término da galeria que vai resolver o problema de enchentes na região é o segundo semestre de 2015.

SÓ EM 2016 No Prado a espera será ainda maior. Mesmo depois da PBH prometer o fim dos alagamentos 2014, a secretaria informa que os serviços no Córrego dos Pintos devem começar em 2015  e terminar eme 2016. As intervenções estão orçadas em R$ 14 milhões e são a aposta da administração municipal para resolver os transtornos na Francisco Sá.

Enquanto isso, os prejuízos se acumulam. O pastor Marcelo Carvalho, responsável pela igreja evangélica Verbo da Vida, ontem se dedicou a acompanhar os trabalhos de remoção do muro da igreja, levado pela enchente. O imóvel fica no cruzamento das ruas Jaceguai e Erê com a Francisco Sá. “O prejuízo aqui será de cerca de 40 mil. O mais engraçado é que a prefeitura mandou fazer a limpeza de tudo em 24 horas. A gente espera solidariedade, mas não é isso que acontece. Nos três anos que estou aqui, essa foi a pior inundação. Foi assustador”, diz o pastor.


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