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Estado de Minas AS OBRAS QUE NEM OS INGLESES VÃO VER

Quatro intervenções prometidas para o Mundial foram retiradas da lista de obras

Três delas contemplam a Lagoa da Pampulha, o Viaduto Santa Tereza e a Praça da Estação, cartões-postais de Belo Horizonte


postado em 04/03/2014 07:00 / atualizado em 04/03/2014 07:30

O complexo da Pampulha: referência vizinha ao estádio, a lagoa não terá o desassoreamento e a despoluição das águas concluídas a tempo do torneio internacional(foto: Alexandre Guzanshe /EM / D.A Press)
O complexo da Pampulha: referência vizinha ao estádio, a lagoa não terá o desassoreamento e a despoluição das águas concluídas a tempo do torneio internacional (foto: Alexandre Guzanshe /EM / D.A Press)

Os turistas que virão a Belo Horizonte, incluindo colombianos, gregos, belgas, argelinos, argentinos, iranianos, costarriquenhos e ingleses – cujas seleções jogam na capital na primeira fase –, não verão o marco do principal ponto turístico da cidade despoluído. A Lagoa da Pampulha passa por 37 obras do programa de despoluição da bacia, iniciadas com a etapa de remoção de sedimentos (orçada em R$ 109 milhões) em outubro do ano passado. Das 10 obras restantes, quatro serão concluídas até março, mas outras seis ficarão para junho. Mesmo assim, o desassoreamento, previsto inicialmente para maio, com a retirada de 800 mil metros cúbicos de sedimentos, só será concluído em agosto. Já a recuperação da qualidade das águas está prevista apenas para 2015. Adiamentos que ajudam a explicar por que a recuperação da lagoa foi uma das quatro ações retiradas da matriz de responsabilidades para Copa.

Em relação às intervenções para a remoção do esgoto que ainda contamina o reservatório, a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) informou que pacote não foi entregue em 2013 devido à demora de processos judiciais de desapropriações. A empresa garante, contudo, que as intervenções – que incluem execução de redes coletoras – estão com mais de 70% de conclusão.

Outras duas das quatro ações retiradas da matriz, o Corredor Cultural da Praça da Estação e a reforma do viaduto Santa Tereza – ambos pontos de referência turística na cidade – enfrentam situações distintas. O primeiro projeto, no entorno da Praça da Estação, segue sem data de implantação, após ter sido reprovado pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) das Cidades Históricas do governo federal, que seria sua principal fonte de recursos. A Fundação Municipal de Cultura pretende desenvolver agora outras propostas para o local, a serem apresentadas nas próximas semanas.

A reforma do Viaduto Santa Tereza, outro símbolo da cidade, foi prometida para a Copa, mas se arrasta desde 2009. A ordem de serviço, no valor de R$ 3,3 milhões, foi assinada em dezembro, mas a intervenção só deve ficar pronta no segundo semestre, segundo a Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura (Sudecap). A chamada Via 710, entre as avenidas dos Andradas e Cristiano Machado, também fica para depois.

Suporte Se os visitantes podem enfrentar dificuldade para desembarcar em Confins e se decepcionar com a situação de alguns dos símbolos de BH, terão como conforto estruturas programadas para recebê-los. Quatro centros de Atendimento ao Turista (CAT) (no Mercado das Flores, na Avenida Afonso Pena, no Centro; na Pampulha, próximo à igrejinha de São Francisco; na rodoviária; e no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, Grande BH) estarão em pleno funcionamento na Copa do Mundo. Quem garante é o secretário municipal extraordinário para a Copa do Mundo, Camilo Fraga. O CAT do aeroporto, que ainda está sendo construído, contará com um grupo de servidores e voluntários trabalhando durante os jogos.

Ao longo dos 32 dias da Copa, outro ponto de apoio ao visitantes serão as Fan Fests, espetáculos de cultura geral e exibição de jogos das 10h à meia-noite. Embaixadas e consulados de 31 países vão montar postos de atendimento nesses espaços. Lá, turistas estrangeiros poderão resolver problemas como perda de passaporte e buscar ajuda, se enfrentarem dificuldades de comunicação. Um guia do torcedor, em três línguas, e que pode ser baixado como aplicativo para celular, também estará à disposição no aeroporto, na rodoviária, no Expominas e na rede hoteleira da capital.

Obras retiradas da matriz de responsabilidades da Copa 2014

Despoluição da Lagoa da Pampulha (Das 37 obras previstas pela Copasa, 27 foram concluídas. Quatro serão entregues até março e as outras seis até junho de 2014. A execução de redes coletoras e interceptores de esgoto está em 70%. O tratamento da qualidade da água e o desasoreamento, a cargo da Prefeitura de BH, não ficam prontos para a Copa)

Corredor cultural da Praça da Estação

Restauração do Viaduto Santa Tereza

Via 710 (Cristiano Machado/Andradas)


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