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Estado de Minas

Desperdício de água durante estiagem é punido com multa em Minas

Medida está sendo adotada pelas prefeituras de Viçosa e Cambuquira


postado em 11/02/2014 06:00 / atualizado em 11/02/2014 07:39

Dona Maria Mendes reclama da falta d'água no bairro Recanto da Lagoa, e, Pará de Minas (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press. Brasil)
Dona Maria Mendes reclama da falta d'água no bairro Recanto da Lagoa, e, Pará de Minas (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press. Brasil)

A falta de chuva está comprometendo tanto o abastecimento de água em algumas cidades em Minas que as prefeituras estão adotando medidas drásticas contra o desperdício. É o caso de Viçosa, na Zona da Mata, e Cambuquira, no Sul de Minas, pretendem multar quem for pego trocando água de piscina, lavando carro ou calçada ou esbanjando em plena estiagem. Nas duas cidades, o abastecimento está comprometido e é feito com caminhões-pipa.

A multa em Viçosa é de R$ 70 e o infrator fica ainda a com água cortada por 24 horas. Ninguém foi autuado por enquanto. A estratégia foi uma das adotadas pelo município para driblar a falta de água. Enquanto nesta época do ano, a represa da Universidade Federal de Viçosa (UFV), uma das duas que abastece a cidade, fica normalmente com 40 centímetros de água acima do vertedouro, o nível está 40 centímetros abaixo. O volume é quase a metade do normal. “Decretamos estado de alerta, não chove desde dezembro e já estamos abastecendo alguns bairros com caminhões-pipa”, informou o presidente do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Viçosa (SAAE), Sânzio Borges. A prefeitura também cogita fazer racionamento.

Nas ruas de Cambuquira, que ironicamente integra o Circuito das Águas, carros de som alertam para a necessidade de economizar e caminhões-pipa cuidam no abastecimento, comprometido pela diminuição da vazão das nascentes. Quem não escuta o recado e desperdiça água está sujeito à multa de R$ 132. Até agora, não houve autuação. A prefeitura decretou estado de emergência por causa da estiagem no mês passado.

“Cambuquira é abastecida por nascentes, mas a vazão delas caiu pela metade. Em janeiro, começou a faltar água nos bairros mais altos”, informou o presidente do SAAE, Gustavo Borges Furtado. “Nunca passamos por esse problema nesta época do ano”, disse. Segundo ele, mesmo se não chover, em 30 dias, o problema da cidade estará resolvido, com a conclusão de obra para captar água do Rio São Bento.

RACIONAMENTO Desde a semana passada, a prefeitura de Juiz de Fora, na Zona da Mata, adotou o racionamento de água. O sistema, previsto para terminar no dia 7, será mantido até sexta-feira, por causa da previsão da falta de chuva. Foi escala uma escala de interrupção de fornecimento de água entre os bairros. Uma vez por semana, moradores ficam sem abastecimento das 8h às 16h. Nesse rodízio, hospitais, postos de saúde e escolas públicas recebem caminhões-pipa. Segundo a prefeitura, a estratégia foi adotada de forma preventiva e não há risco de falta d’água por enquanto. Segundo a Copasa, os níveis dos reservatórios e dos mananciais usados pela companhia estão normais.


ESTIAGEM ATÉ SÁBADO


A estiagem continua pelo menos até o fim da semana, quando começa a chover pouco em Minas. Segundo Claudemir de Azevedo, do 5º Distrito do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet-MG), todas as regiões de Minas estão com índices pluviométricos abaixo e temperaturas acima da média. “A previsão para os próximos dias é que continue a estiagem. Na sexta-feira, há chance de chuva no Sul de Minas, Triângulo Mineiro e Noroeste do estado, mas não muito significativa”, informou. Na Região Central, a previsão é de pancadas no sábado.


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