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Estado de Minas

Shopping de Contagem impede rolezinho

O centro de compras conseguiu na Justiça uma liminar proibindo a realização de um rolezinho nesse sábado


postado em 02/02/2014 06:00 / atualizado em 02/02/2014 07:43

Policiais dentro do shopping: Justiça concedeu liminar que proibia rolezinho sob pena de multa(foto: Beto Novaes/EM/D.A.Press)
Policiais dentro do shopping: Justiça concedeu liminar que proibia rolezinho sob pena de multa (foto: Beto Novaes/EM/D.A.Press)

Os seguranças do Big Shopping impediram a realização do Rolezinho dos não famozinhos B, movimento que estava sendo convocado pelas mídias sociais para ocorrer a partir das 14h de ontem nas dependências do estabelecimento, no Bairro Eldorado, em Contagem, na Grande BH. Cartazes foram afixados nas duas entradas do shopping informando da liminar contra os organizadores e participantes do movimento e multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento da medida concedida por juíza da 2ª Vara Cível de Contagem.


Apesar da liminar, no início da tarde, grupos de cinco a 10 adolescentes entraram e circularam pelo shopping sob o olhar atento da segurança do estabelecimento e de policiais militares. A presença desses jovens nos corredores e lojas não mudou a rotina de quem estava lá para comprar. No entanto, por volta das 16h, duas das três portas da entrada principal foram fechadas e os seguranças começaram a exigir a apresentação de documento de identificação. Os menores de 18 anos só entravam acompanhados dos pais ou responsáveis. De acordo com o shopping, a medida foi tomada por ser o horário de pico.


Os jovens barrados por estarem desacompanhados demonstravam insatisfação com a medida. “Eu vim para ver como é o rolezinho. Não sei por que não nos deixam entrar. Não estamos fazendo nada de errado”, reclamou L.I.S., de 13 anos, acompanhada da amiga F.O., de 13. Frequentadores do shopping, V.H. e D.C., ambos de 15, não entenderam a razão de serem barrados, uma vez que é um local aonde vão para se divertir no fim de semana. “Isso é horrível. Estou acostumado a vir aqui. Hoje eu vim para o rolezinho para olhar e brincar um pouco. Fiquei constrangido de não poder entrar”, disse D.
A estudante Mayara Stefane Oliveira, de 18, foi com as amigas, que também não puderam entrar. “Viemos almoçar. O shopping reúne gente de todos os estilos. Alguns não têm as melhores intenções e fazem confusão no espaço público. O problema não é reunir, mas fico receosa com os arrastões”, disse Mayara. Apesar de não terem ido ao rolezinho, as amigas de Mayara, com idade entre 16 e 17 anos, não conseguiram entrar.


Duas viaturas da Polícia Militar ficaram nas entradas do shopping e uma terceira circulou pela área externa e imediações. Ao todo oito militares reforçaram a segurança. “O nosso objetivo é a prevenção. Estávamos lá para garantir a ordem pública e a segurança de todos os cidadãos”, afirmou o capitão Douglas, do 39º Batalhão de Polícia Militar, responsável pelo policiamento da região. Em uma nota a administração do estabelecimento informou que “o espaço físico e a operação de um shopping não são planejados para receber qualquer tipo de manifestação ou movimentos dessa natureza.” O shopping aumentou em 30% o número de seguranças particulares.


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