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Estado de Minas

Suspeito de ataque contra quilombolas no Norte de Minas é ouvido e nega envolvimento

Filho de fazendeiro diz que não participou da ação violenta que feriu 11 pessoas em Verdelândia


postado em 25/01/2014 12:04 / atualizado em 25/01/2014 12:10

Prestou depoimento na sexta-feira o fazendeiro João Fábio Dias, o Joãozinho, suspeito de envolvimento no ataque que deixou 11 pessoas feridas em uma comunidade quilombola da cidade de Verdelândia, no Norte de Minas Gerais.

Dias foi ouvido pela delegada Andrea Pochmann, da Delegacia Especializada em Crimes Contra o Meio Ambiente e Conflitos Agrários, e negou qualquer envolvimento na invasão. Após o depoimento, o fazendeiro foi liberado, mas a delegada informou que ele continua sendo considerado suspeito.

Outra pessoa que pode ser ouvida pela delegada é o vereador José Soares Mendes, o Zé Gato (DEM), que também foi baleado durante a ação violenta. Ele está internado na Santa Casa de Montes Claros e pode receber alta médica neste sábado.

Entenda o caso


O ataque aconteceu em 19 de janeiro. Na tarde daquele dia, um grupo de 10 a 12 homens encapuzados e fortemente armados chegaram ao trecho de uma propriedade rural ocupada por trabalhadores sem-terra e comunidades quilombolas.

Com base em depoimentos das vítimas, Andrea Pochmann disse que os homens encapuzados, que estavam em uma caminhonete Hillux e em outro veiculo (provavelmente uma Pajero), portavam espingardas de grosso calibre (.12), pistolas e revolveres. Os desconhecidos teriam dito que eram policiais. Também teriam iniciado os disparos assim que chegaram à áreas. ‘Eles ordenaram que deitassem não chão e não olhassem para cima. As pessoas foram agredidas com coronhadas e chutes na cabeça. Além disso, os agressores atiraram contra aquelas pessoas que saíram correndo, tentando fugir”, disse a policial, explicando que as características da ação informadas pelas vitimas demonstram que a intenção dos homens encapuzados e fortemente armados não era apenas amedrontar os ocupantes da propriedade rural.

A Fazenda Torta, que motiva disputa entre remanescentes de escravos e fazendeiros, faz parte da antiga fazenda Morro Preto (total de 12 mil hectares), que pertenceu ao falecido empresário e político Aquiles Diniz, de Belo Horizonte. A delegacia regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Minas informou que uma área de 1,8 mil hectares do imóvel será objeto de ação de desapropriação a ser ajuizada pelo órgão dentro dos próximos 15 dias.


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