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Estado de Minas

Reservatório de fábrica de sucos é interditado na Zona da Mata


postado em 07/01/2014 06:00 / atualizado em 07/01/2014 06:42

Tanque de rejeitos em Astolfo Dutra está sob risco de rompimento(foto: CORPO DE BOMBEIROS/DIVULGAÇÃO)
Tanque de rejeitos em Astolfo Dutra está sob risco de rompimento (foto: CORPO DE BOMBEIROS/DIVULGAÇÃO)

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) interditou um tanque de rejeitos de uma fábrica de sucos em Astolfo Dutra, na Zona da Mata, depois de constatar risco de rompimento e escoamento para o Rio Pomba. A estrutura tem trincas e está instalada em uma encosta com possibilidade de deslizamento. O órgão determinou a interrupção de atividades e esvaziamento do reservatório até a conclusão da obra de recuperação do talude. A Bela Ischia Alimentos, empresa que opera a fábrica, informou que está bombeando os resíduos para outro tanque.

A fábrica funciona às margens da MG-285, na altura do km 177. Os rejeitos são tratados em três tanques e despejados no Rio Pomba. O tanque interditado faz a equalização, o primeiro passo do processo de tratamento. A pedido da Bela Ischia, um técnico da Semad vistoriou o local no dia 3 e constatou que a encosta onde fica o reservatório tem trincas e erosões. Após as obras de recuperação do talude, um responsável técnico deverá apresentar laudo atestando a estabilidade do terreno.

Até o tanque ser liberado, o resíduos serão bombeados diretamente para o segundo tanque do processo de tratamento, o de aeração, que deverá ter capacidade ampliada. Durante 30 dias, a empresa deverá monitorar semanalmente a composição dos efluentes em três pontos: entrada e saída no reservatório e lançamento no rio.

Apesar das providências adotadas, a Semad afirmou que um eventual vazamento dos resíduos não contaminaria o curso d'água. A vazão é de 96 metros cúbicos por segundo e alto poder de diluir os efluentes, já que o tanque de equalização tem capacidade de 5 mil metros cúbicos.

Em nota, a Bela Ischia disse que o tanque de equalização está sendo esvaziado e os rejeitos levados para tratamento nas demais etapas do sistema. A empresa informou também que análises preliminares demonstraram que o sistema continua funcionando com eficiência.

A pedido do Corpo de Bombeiros, que também vistoriou o local, a fábrica pôs lonas sobre a encosta, para evitar infiltração de água de chuva, o que pode aumentar o risco de deslizamento. O talude tem cerca de 30 metros de altura, segundo o capitão Patrick Tavares Gomes, comandante da 3ª Cia. de Ubá. Ele criticou o sistema de drenagem do terreno. "Percebemos ineficácia, diante da incidência de fortes chuvas nos últimos dias. A empresa apenas buscou diminuir a inclinação do talude e cobri-lo com grama".


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