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Estado de Minas

Quatro suspeitos de matar advogado na Pampulha estão na mira da polícia

O advogado parou o carro para entrar na garagem e o veículo foi alvejado por cerca de 40 tiros no Bairro Castelo, na Pampulha


postado em 25/10/2013 06:00 / atualizado em 25/10/2013 07:05

Delegado Wagner Pinto diz que armas são ponto- chave da apuração (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Delegado Wagner Pinto diz que armas são ponto- chave da apuração (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)


Oito pessoas já foram ouvidas no inquérito que apura o assassinato do advogado Jayme Eulálio de Oliveira, de 37 anos, e pelo menos quatro suspeitos de ter praticado o crime apontados por testemunhas são investigados. “Temos alguns problemas profissionais da vítima que podem conduzir à autoria do crime. São três ou quatro vertentes sob investigação”, disse o chefe do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Wagner Pinto de Souza. Por volta das 19h de terça-feira, o advogado chegava a seu prédio no Bairro Castelo, na Região da Pampulha, quando foi abordado por dois homens encapuzados, que o aguardavam em um Palio Weekend verde. O advogado parou o carro para entrar na garagem e o veículo foi alvejado por cerca de 40 tiros.

Wagner Pinto não descarta a possibilidade de as armas usadas no crime, uma pistola ponto 40 e um fuzil 556, de uso exclusivo das Forças Armadas e das polícias Civil e Militar, terem sido furtadas semana passada da 180ª Companhia do 36º Batalhão da PM. “Não é todo dia que matam alguém com fuzil. As armas furtadas são do mesmo calibre das usadas no crime”, disse. “Mandamos ofício à PM solicitando informações sobre as circunstâncias do furto, quais os procedimentos adotados e quantas armas foram levadas”, acrescentou. Ao Estado de Minas, o subcomandante do 36º Batalhão, major Cássio Gomes, informou que quatro pistolas .40, um fuzil calibre 556 e uma carabina ponto 40. “Um Inquérito Policial Militar foi instaurado para apurar o extravio de armas”, disse o militar.

O fator preponderante em um crime de homicídio é esmiuçar a vida da vítima sob a ótica social, familiar, econômica e profissional, disse Wagner Pinto. “Estamos levantando onde ele ia, o que ele fazia, quais os processos em que trabalhava, se tinha dívida ou relacionamentos paralelos”, afirmou. O chefe do DHPP considerou audaciosa a ação dos criminosos. “Sempre que o crime está ligado à atividade profissional, seja de promotor de Justiça, advogado ou médico, é uma situação audaciosa. Nesse caso tivemos uma saraivada de tiros. Outro diferencial foi o uso de armas de uso restrito”, informou. Questionado se haveria participação de uma organização criminosa paulista no assassinato, ele respondeu que somente a investigação pode confirmar. “Tudo será investigado”, reforçou.

SEM DETALHES

O delegado que comanda as investigações, Rodrigo Bossi, disse que são duas linhas investigativas principais e três secundárias, mas não dá detalhes sobre elas. “Pode haver conexão entre as duas histórias, em relação ao envolvimento de uma organização criminosa e ao extravio de fuzil. As coisas estão batendo, mas não temos elementos objetivos que confirmem isso”, disse ele, que não descarta a possibilidade de envolvimentos de policiais no crime.

Além de analisar as imagens de segurança que registraram o homicídio, nas quais aparecem dois homens não identificados atirando e fugindo num Palio Weekend verde, a polícia conseguiu imagens do prédio em que são vistos dois homens conversando com a vítima, um dia antes do crime.

O o chefe do DHPP se reuniu com três advogados da comissão formada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/MG) para acompanhar as investigações. “Precisamos trocar informações que interessam às investigações”, disse Wagner Pinto. A OAB concluiu relatório sobre Jayme Eulálio e o encaminhou cópias à Polícia Civil. Há um processo em andamento na 6ª Vara Criminal contra ele, por obter vantagens indevidas. Segundo a assessoria do Fórum Lafayette, outro processo contra o advogado tramita na 11ª Vara Criminal, por crime contra o patrimônio. “Ele é tecnicamente primário e não há nenhuma condenação contra ele”, disse a procuradora-geral de Prerrogativas da OAB-MG, Cíntia Ribeiro.


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