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Estado de Minas

Corregedoria faz novas buscas no apartamento de delegado suspeito de atirar na ex-namorada

Polícia cumpre mandado de busca e apreensão no apartamento de Geraldo Toledo, no Bairro Buritis


postado em 23/05/2013 11:20 / atualizado em 24/05/2013 13:00

Geraldo Toledo segue preso na Casa de Custódia da Polícia Civil(foto: CRISTINA HORTA/EM/D.A PRESS )
Geraldo Toledo segue preso na Casa de Custódia da Polícia Civil (foto: CRISTINA HORTA/EM/D.A PRESS )
Equipes da Corregedoria da Polícia Civil de Minas Gerais fazem novas buscas no apartamento do delegado Geraldo do Amaral Toledo Neto, preso suspeito de atirar na ex-namorada, a adolescente A.L.S., de 17 anos. Segundo a polícia, está sendo cumprido um mandado de busca e apreensão no apartamento, que fica no Bairro Buritis, Região Oeste de Belo Horizonte, sem informar mais detalhes. Em abril, a Corregedoria apreendeu um revólver calibre 38, de uso particular, no endereço. Na época, a advogada de Toledo, Maria Amélia Tupynambá, informou que ele não usava mais arma da corporação e que o recibo de devolução também foi recolhido na casa dele.

A adolescente segue internada no Hospital João XXIII após ser atingida por um disparo na cabeça. O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) pediu escolta policial para a vítima após a família dela procurar o órgão informando ter recebido uma série de ameaças. O órgão fez o pedido para garantir proteção à jovem. Um ofício será encaminhado para a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) que vai providenciar a escolta.

A adolescente foi baleada em 14 de abril. O delegado foi buscar a jovem em Conselheiro Lafaiete, na Região Central de Minas e depois seguiram juntos para Ouro Preto. Por volta das 19h50, a PM recebeu a denúncia da briga de um casal na estrada entre o município e o distrito de Lavras Novas. Vinte minutos depois, a corporação recebeu novo chamado, de que A. deu entrada numa unidade de pronto atendimento (UPA) com um tiro na cabeça.

Funcionários da unidade de saúde informaram a PM que um homem deixou a adolescente no hospital e informou que ela teria tentado suicídio. Porém, não quis se identificar e saiu sem deixar telefones de contato em um Peugeot preto. O veículo foi apreendido e passou por perícia. Toledo afirma que a garota tentou se matar, porém, exames residuográficos feitos nas mãos da adolescente não encontraram nenhum vestígio de pólvora.

Adolescente foi baleada 14 de abril deste ano e segue internada no Hospital João XXIII, na capital(foto: Reprodução/Facebook)
Adolescente foi baleada 14 de abril deste ano e segue internada no Hospital João XXIII, na capital (foto: Reprodução/Facebook)


Carta do suspeito

Em carta enviada a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) , Toledo manteve a versão de que A.L tentou suicídio e disse ser alvo de perseguições de desafetos na polícia. No documento ele conta como conheceu a garota.

Em entrevista ao Estado de Minas, a mãe da jovem criticou a carta divulgada pelo delegado e disse que ele tinha um relacionamento conturbado com a filha dela. Ela acusou o policial de “ter manipulado e iludido” a adolescente e diz que vai processá-lo por ter mentido em vários trechos do documento.

Em 13 de maio, a Justiça prorrogou por mais 30 dias a prisão temporária do policial. A magistrada atendeu o pedido da Corregedoria Geral da Polícia Civil e também deu mais tempo para a conclusão das investigações.

A Polícia Civil informou que Toledo pode ser expulso da corporação. Ele responde a nove sindicâncias, 10 inquéritos e dois processos administrativos. Em um deles, é acusado de tortura contra um homem em Igarapé, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. (Com informações de João Henrique do Vale)


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