(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Bandidos reconhecidos após assalto no Belvedere têm longa ficha criminal


postado em 30/04/2013 06:00 / atualizado em 30/04/2013 06:44

Pelo menos 15 vítimas de assaltos em vários bairros reconheceram os três assaltantes presos no Belvedere ontem. Uma comerciante, de 47 anos, não conteve o choro ao reconhecer dois bandidos que a torturaram por uma hora e meia, na manhã de 27 de março deste ano, em sua casa, no Bairro Bandeirantes, na Pampulha. “Um verdadeiro terror. Eles me torturaram o tempo todo. Apanhei do portão até dentro da minha casa. Fizeram barbaridades comigo e a empregada. Pegaram o motoqueiro da rua e também o fizeram refém na minha casa. Eram coronhadas, roleta-russa na minha cabeça, medo de levar um tiro. Apanhei mais porque tentei defender a minha filha de 17 anos, que eles tentaram estuprar. Fizeram xixi na cama, na nossa frente”, disse.

“Apanhei tanto que não aguentei ficar sentada depois, no Instituto Médico Legal, para onde a polícia me levou para fazer exame de corpo de delito. Estou toda roxa até hoje”, relatou a comerciante, que entregou joias e dinheiro aos assaltantes e foi trancada num cômodo com as demais vítimas.

Além dos ataques de ontem, pelo menos 10 crimes são atribuídos à quadrilha. “Eles são ruins com força. Torturam as pessoas, colocam armas na cabeça delas, na boca e colocam as pessoas nuas”, afirmou a comandante do Policiamento da Capital (CPC), coronel Cláudia Romualdo, lembrando que em um dos assaltos na semana passada, no Bairro Sion, Região Centro-Sul, os ladrões deixaram mensagens nas paredes desafiando a polícia. “Gangue do 157 é nóis (sic). A PM não é de nada”, dizia uma das frases, escritas com pincel atômico.

Uma engenheira, de 28 anos, saiu da sala de reconhecimento aos prantos. Na segunda-feira da semana passada, o prédio dela no Bairro Castelo, na Região Noroeste, foi invadido pela segunda vez por quatro homens armados. Ela reconheceu três ontem. “Entraram em 22 apartamentos e levaram mais de 15 reféns para a minha casa, entre moradores e prestadores de serviço”, disse. Outras vítimas foram levadas para um outro apartamento, segundo ela. “O tempo todo eles ameaçavam matar a gente. A tortura psicológica foi muito grande”, disse. Vizinho dela, o volante do Atlético Leandro Donizete não estava na hora e teve o apartamento arrombado. “Foi muito assustador o reconhecimento. O trauma é muito grande. É muito difícil ver a pessoa que fez maldade com a gente”, disse a engenheira.

Ficha criminal

Os assaltantes presos ontem têm longa ficha criminal, segundo a coronel Claúdia Romualdo. Frederico Mendes Martins, de 27, tinha mandado de prisão em aberto, mas ela não informou por qual crime. Ela estava com uma pistola calibre 9mm de fabricação tcheca. O comparsa, Fernando de Oliveira, de 29 tem várias passagens por assalto também e já havia sido preso com revólver calibre 38.

O terceiro envolvido, Thiago Silva Santos, de 21, que também portava revólver 38, tentou estuprar a filha da comerciante do Bandeirantes. Com eles, a PM apreendeu um caminhonete S-10, um Uno e um Pegeout de vítimas. Foram recuperados relógios, joias, dólares, peso argentino e notas de real. Três malas com produtos de outros assaltos foram encontradas na casa de um dos acusados. O comandante do 22º Batalhão da PM, tenente-coronel Alfredo Veloso, disse que será um desafio manter os acusados presos. “As leis não favorecem a manutenção deles na prisão”, reforçou.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)