As investigações sobre os assassinatos dos jornalistas Walgney Assis Carvalho, 43 anos, e o jornalista Rodrigo Neto, no Vale do Aço, serão acompanhadas pelo Ministério Público de Minas Gerais (PMMG). Neste sexta-feira, foi publicada uma portaria pela Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ) designando cinco promotores para acompanhar o caso.
A coordenadora do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Defesa dos Direitos Humanos e de Apoio Comunitário, Nívia Mônica da Silva, o promotor Rodrigo Gonçalves Fonte Boa, de Belo Horizonte, Juliana da Silva Pinto, de Coronel Fabriciano, Bruno César Medeiros Jardini, de Ipatinga; e Kepler Cota Cavalcante Silva, de Timóteo, terão acesso as apurações. Porém, não poderão se manifestar fora dos autos, pois os casos correm em segredo de justiça.
Nesta sexta-feira, a Polícia Civil confirmou que policiais são suspeitos das mortes. Durante coletiva de imprensa em Ipatinga, na Região do Rio Doce, o chefe da Polícia Civil Cylton Brandão da Matta afirmou que os possíveis autores dos crimes já foram identificados e que as investigações já estão avançadas. Em contrapartida, dois delegados que atuavam na região foram substituídos.
As hipóteses sobre a participação de policiais civis e militares começaram a ser levantadas quando Rodrigo foi morto em 7 de março no Bairro Canaã. Dois homens passaram em uma moto e atiraram no repórter. Ele chegou a ser socorrido e levado para o Hospital Municipal, mas não resistiu aos ferimentos. O jornalista denunciava uma série crimes cometidos por um esquadrão da morte que seria formado por policiais. O fotógrafo Walgney Carvalho também atuava nesta área e estaria produzindo um dossiê junto com Rodrigo.