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Estado de Minas

Montes Claros recebe especialistas japoneses que vão orientar sobre como agir durante tremores

Há três anos vêm sendo registrados sucessivos tremores de terra da cidade. O mais forte deles, de 4.2 graus na escala Richter, ocorrido em 19 de maio de 2012, atingiu cerca de 60 casas


postado em 18/03/2013 08:52 / atualizado em 18/03/2013 10:21

Uma equipe de especialistas do Japão visitará Montes Claros, no Norte de Minas, nesta segunda-feira, para avaliar os tremores de terra ocorridos na cidade e também para orientar os moradores sobre as medidas que devem ser adotadas para prevenir danos quando ocorrem novos abalos. Será realizado na cidade o Seminário Internacional Brasil/Japão para a gestão do risco de desastres – tremores de terra, iniciativa da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec), que manteve contato com a Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA) e com a Universidade de Nagoia (Japão).

O encontro será iniciado às 14h, no auditório da 11ª Rede Integrada de Segurança Pública (RISP), no bairro Ibituruna. A iniciativa conta com o apoio da prefeitura e da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes, que, na semana passada, anunciou a criação do Núcleo de Sismologia na cidade para monitorar e aprofundar os estudos sobre os abalos na região. O núcleo será montado em parceria com o Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB).

Há três anos sucessivos tremores de terra de Montes Claros vêm sendo registrados. O mais forte deles, de 4.2 graus na escala Richter, ocorrido em 19 de maio de 2012, atingiu cerca de 60 casas na região da Vila Atlântica (perto do epicentro dos abalos) e oito delas foram interditadas. Na madrugada de 19 de dezembro passado outros dois sismos (um de 3.5 e outro de 3.6 graus) chegaram a causar pânico entre os moradores. Estudos realizados pelo Observatório da UnB e pelo Centro de Sismologia da USP concluíram que a causa dos tremores é uma falha geológica de dois quilômetros de extensão e situada a uma profundidade de um a dois quilômetros, perto da área urbana, entre a Vila Atlântica e o Parque Estadual da Lapa Grande.

De acordo com o Governo do Estado, o objetivo do seminário internacional a ser realizado nesta segunda-feira é “estreitar a relação entre o Estado de Minas Gerais (Brasil) e a Província de Aichi (Japão) para o fomento da gestão do risco de desastres, além de capacitar os integrantes do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sinpdec) e a sociedade civil, principalmente para a prevenção, mitigação e preparação para desastres”.

Durante o evento será discutido o tema “Japão, o sistema de prevenção de terremoto da Província de Aichi; ações de redução de risco de terremotos, uma abordagem técnica e operacional sobre ações preventivas, mapeamento de áreas de risco, sistema de alerta e evacuação”. O assunto será abordado pelo professor Fukunaga Edite, chefe do escritório de atendimento emergencial e defesa civil do Governo da Província de Aichi. Os participantes terão oportunidade de esclarecer dúvidas com os especialistas.
A professora Hiroko Kondo, também da Universidade de Nagoya, vai orientar sobre “como realizar uma educação de prevenção de riscos contra terremotos, apresentação do método de ensino para fomentar uma cultura de prevenção”. Também está prevista a participação de representantes da entidade japonesa Higashura Bosai Net que atuam como voluntários nas medidas de prevenção de terremotos na Província de Aichi. Eles vão falar sobre a importância da mobilização social para diminuição dos impactos dos tremores.


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