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Estado de Minas

Suspeito de matar argentina é solto; juiz não encontrou provas da autoria do crime

A empresária Maria Silvina Valeria Perotti foi morta com dois tiros na cabeça. O marido foi autuado em flagrante e preso, mas a Justiça concedeu liberdade considerando que muita coisa ainda precisa ser esclarecida sobre o caso


postado em 15/02/2013 12:20 / atualizado em 15/02/2013 11:30

Maria Silvina Valeria Perotti, de 33 anos, assassinada em BH(foto: Arquivo pessoal/Facebook )
Maria Silvina Valeria Perotti, de 33 anos, assassinada em BH (foto: Arquivo pessoal/Facebook )
O marido da empresária argentina Maria Silvina Valeria Perotti, de 33 anos, que estava grávida de sete meses e foi assassinada com dois tiros na cabeça, está em liberdade. Autuado em flagrante pela morte da companheira, o técnico em eletrônica José Antônio Mendes de Jesus, de 32, conseguiu na Justiça a liberdade provisória e deixou o Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) na quarta-feira. O juiz Carlos Roberto Loyola entendeu que a prisão de José Antônio não tem fundamento em provas da autoria dele na morte da companheira.

O corpo da empresária será liberado na desta sexta-feira do Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte pela mãe dela, Silvia Perotti, que chegou ontem à capital e está providenciando as documentações. O bebê foi salvo em uma cesárea feita pelos médicos do Hospital João XXIII e está internado em estado grave na Maternidade Júlia Kubitschek.

Crime

Segundo a polícia, no último domingo, Valeria e José Antônio saíram de casa, à tarde, no Bairro Nova Gameleira, para fazer compras. Na Rua Monte Simplon, no Bairro Prado, duas pessoas, uma delas uma subtenente da Polícia Militar, viram o momento em que o motorista do carro segurou Valeria pelo pescoço e a atingiu com dois tiros. Em seguida, ele jogou o corpo para fora do carro e fugiu.

Já na região de Contagem, José Antônio ligou para a Polícia Militar, disse que havia sido assaltado por dois homens e que os ladrões haviam matado sua mulher. A PM foi até o local onde José estava, viu que ele estava com as roupas sujas de sangue e achou que a versão apresentada por ele, de que havia sido aprisionado no porta-malas do carro, era mentirosa. O compartimento estava cheio de ferramentas e não cabia um homem. As testemunhas reconheceram José Antônio como o homem que atirou contra Valeria e jogou o corpo para fora. Valéria foi socorrida para o Hospital João XXIII, mas não resistiu aos ferimentos. O parto foi feito pelos médicos da unidade de saúde.

Entendimento da Justiça

Mesmo com a autuação por homicídio feita pela Polícia Civil, o juiz entendeu que não existe uma versão dos fatos que justifique a suspeita sobre José. O magistrado afirma que nos documentos anexados ao processo não há provas de desentendimento entre o marido e a empresária que possa ter motivado um crime. Nem mesmo o filho da vítima foi ouvido para confirmar uma briga, afirma o juiz. Além disso, a arma do crime não foi encontrada e não foram feitos testes de pólvora em José.

Para o magistrado, muita coisa precisa ser esclarecida, pois só há elementos que indique José como vítima de latrocínio e não autor de homicídio. Com esse entendimento, Carlos Roberto Loyola concedeu alvará de soltura levando em conta que o técnico em eletrônica é réu primário, trabalha e tem residência fixa. O acusado fica proibido de sair de BH, precisa comparecer em juízo sempre que intimado e deve ser recolher diariamente em casa após as 22h sem frequentar bares ou casas noturnas.


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