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Estado de Minas

Universitária que ficou um mês desaparecida em Contagem foi morta pelo namorado

O agressor bateu na estudante com uma bomboniere de vidro, estrangulou, desovou o corpo em um matagal e queimou. O acusado nega o crime, mas está preso


postado em 05/02/2013 12:35 / atualizado em 05/02/2013 13:05

(foto: Reprodução/ Polícia Civil )
(foto: Reprodução/ Polícia Civil )
A Polícia Civil apresentou nesta terça-feira o motorista João Carlos Alves da Cunha, 35 anos, acusado de matar a namorada, Nubia Glenda Ferreira da Silva, 20 anos. A investigação mostrou que o agressor bateu na estudante com uma bomboniere de vidro, estrangulou, desovou o corpo em um matagal e queimou. João Carlos é casado e a polícia acredita que ele tenha planejado o crime por se sentir pressionado pela universitária a assumir o relacionamento.

Núbia desapareceu no dia 16 de setembro de 2011 e o corpo foi encontrado carbonizado e em avançado estado de decomposição no dia 9 de outubro do mesmo ano. A jovem é de Abaeté, no Centro-Oeste de Minas, e se mudou para Contagem, na Grande BH, para estudar gestão de recursos humanos. Ela morava em um apartamento perto da faculdade e no dia do sumiço saiu de sala de aula após receber um telefonema.

Durante as investigações, os policiais encontraram o material de estudo da jovem dentro do apartamento e concluíram que ela esteve no imóvel antes do sumiço. A perícia apontou que havia cacos de vidro na bomboniere no chão do apartamento e manchas de sangue. Assim, o mistério começou a ser desvendado. A polícia concluiu que o assassino deu uma pancada na cabeça da jovem que, desmaiada, foi estrangulada. O laudo no corpo dela resultou em morte inconclusiva, por causa do avançado estado de decomposição, mas tudo indica que houve asfixia.

O motorista João Carlos Alves da Cunha, 35 anos, responde pelo homicídio da jovem (foto: Paulo Filgueiras/EM DA Press)
O motorista João Carlos Alves da Cunha, 35 anos, responde pelo homicídio da jovem (foto: Paulo Filgueiras/EM DA Press)


Versão do namorado


João Carlos acompanhou toda a investigação policial sem levantar suspeitas e apresentou um álibi para o dia do crime. Dissimulado, comunicou o desaparecimento da jovem para a família no interior, porque a mãe de Núbia é prima dele. No dia em que encontrou a sogra, chorou e pediu perdão, porém na ocasião a mulher não conseguiu entender o motivo.

Mesmo com as investigações apontando a autoria de João Carlos, o motorista negou o crime. Ele disse que no dia da morte de Núbia bebeu com amigos, ligou para a namorada, mas não conseguiu falar. O acusado disse que foi até o apartamento, mas Núbia não o atendeu, por isso seguiu para uma festa da empresa onde trabalhava. A investigação mostrou que o motorista conseguiu entrar no imóvel e matou Núbia.

Na festa, João Carlos fez fotos com diretores, uma armação para comprovar o álibi. No entanto, João Carlos desapareceu da festa durante a madrugada, momento em que desovou o corpo de Núbia. A versão dele tem muitas contradições, conforme informou o delegado Luciano Vidal. Primeiro disse que não tinha chave do apartamento de Núbia, depois informou que teria acesso ao imóvel. Um mês antes do crime, o motorista fez um passeio à cavalo com um amigo e ao passar num local de desova de corpos no Bairro São Remo, se mostrou muito interessado em detalhes sobre o terreno. O amigo desconfiou e ligou os fatos quando soube da morte de Núbia.

Relacionamento

Segundo a polícia, João Carlos é casado há 10 anos e tem um filho. Ele teria feito promessas para Núbia durante o relacionamento extraconjugal. Prometeu casamento e iludiu a jovem. No apartamento da estudante, a polícia encontrou material para exame de gravidez, que pode ter sido usado pela universitária para pressionar o namorado a assumi-la.

O inquérito sobre a morte de Núbia já foi concluído e repassado para o Ministério Público que ofereceu denúncia. João Carlos está preso e responde pelo homicídio, porque a Justiça acatou pedido do MP.


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