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Estado de Minas

Capela em Catas Altas ganha novo telhado

Igreja de Santa Quitéria passa por restauração um ano depois que Estado de Minas registrou goteiras e infiltrações


postado em 20/12/2012 06:00 / atualizado em 20/12/2012 07:26

No início de janeiro, o forro do templo vai receber 32 tábuas coloridas(foto: Euler Júnior/EM/D.A PRESS)
No início de janeiro, o forro do templo vai receber 32 tábuas coloridas (foto: Euler Júnior/EM/D.A PRESS)
Um dos cartões-postais da Estrada Real, a Capela de Santa Quitéria, na cidade barroca de Catas Altas, na Região Central de Minas Gerais e a 130 quilômetros de Belo Horizonte, ganhou novo telhado e, na primeira quinzena de janeiro, receberá de volta as 32 tábuas coloridas de seu forro. O material foi retirado para restauro, que ocorre no interior do próprio local, onde foi montada uma espécie de minioficina. O atual visual do templo, construído no século 18, é o oposto ao da imagem publicada pelo Estado de Minas, há exatamente um ano, quando a capela precisou ser protegida por uma imensa cobertura de zinco. Naquela época, qualquer chuva era sinônimo de goteiras e infiltrações.

A Capela de Santa Quitéria é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha/MG) desde 1989. A próxima fase, adianta Rogério Tameirão, arquiteto e urbanista da prefeitura, é o restauro dos elementos artísticos internos, como o altar. “Deve começar no primeiro bimestre de 2013, com previsão de durar cerca de um ano.” Já a última fase de revitalização do pequeno templo, a chamada restauração arquitetônica (esquadria, alvenaria e pintura), está prevista para ter início em 2014.

A obra está sendo custeada com recursos do erário municipal. Uma mineradora também garantiu que assumirá parte do custo. O templo foi erguido no alto de um morro, no Bairro Santa Quitéria, de onde se vê tanto o Pico do Sol, um dos pontos turísticos do município, quanto parte do Centro Histórico da cidade, com cerca de seis mil habitantes. Sete pessoas cuidam, atualmente, do reparo nas tábuas do forro.

“Esta fase da restauração começou em outubro de 2011 e deve ser concluída nas próximas semanas”, comemora o técnico em restauração Roberto Miranda, funcionário da Séculos, empresa contratada para a empreitada. Ele e os colegas trabalham com equipamentos para evitar a inalação de partículas e não dispensam dedicação à tarefa de consertar o forro.

As 32 tábuas não chamam atenção apenas pelos desenhos coloridos. Elas também escondem um mistério. Ainda não se sabe quem é o autor dos traços. Especialistas, porém, ressaltam que pinceladas semelhantes ao do forro da capela foram encontradas em pelo menos outras duas igrejas da região. “Os mesmos traços e pigmentos estão na Capela do Rosário, em Catas Altas, e na Igreja de Santa Ana, em Cocais”, diz Paulo Roberto Agra e Silva, técnico em restauração e ex-funcionário do Iepha.

Ele elogia a beleza da capela, cuja fachada tem três portas-janelas e torre única, que abriga dois sinos. No seu interior, destaques para os anjos, esculpidos em madeira. O retábulo, em estilo dom João V, é outro convite aos olhos de turistas e fiéis.

A matriz, na praça principal de Catas Altas, começou a ser construída em 1729. Seu interior tem pinturas atribuídas ao mestre Manuel da Costa Ataíde (1762–1830) e uma imagem que, acreditam historiadores, seria de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (1730–1814). Em frente ao templo, a fonte que um dia já foi pelourinho e o imenso Pico do Sol, que pode ser visto de qualquer ponto de Catas Altas.


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