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Estado de Minas

Reitoria da UFOP fala em "conscientização" de alunos sobre abuso de álcool


postado em 06/12/2012 00:12 / atualizado em 06/12/2012 07:56

Um pacto entre alunos, pais, familiares e colaboradores da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), para que cada um exerça seu papel na conscientização dos estudantes quanto aos riscos do abuso de bebidas alcoólicas e aos perigos associados ao consumo de substâncias ilícitas. É a proposta apresentada pelo reitor da instituição, professor João Luiz Martins, em reunião que teve com as associações de Moradores das Repúblicas Federais (Refop) e das Repúblicas Reunidas de Ouro Preto (Arrop), numa tentativa de evitar episódios trágicos como as mortes, em pouco mais de um mês, de dois estudantes, de 27 e 25 anos, em moradias cedidas pela universidade, após episódios associados ao consumo excessivo de bebida.

O reitor informou os representantes estudantis sobre a abertura de comissão para investigar as circunstâncias da morte do estudante de química industrial Pedro Silva Vieira, de 25, na sexta-feira passada. Segundo ele, esse levantamento pode contribuir para que o processo de escolha dos moradores seja humanizado e as repúblicas exerçam efetivamente o papel de residência e parem de adotar trotes como forma de seleção de inquilinos. Novas reuniões serão feitas com representantes das 58 repúblicas da Ufop no entorno do campus Morro do Cruzeiro e espalhadas pelo centro histórico de Ouro Preto. O pró-reitor de Assuntos Comunitários e Estudantis, Rafael Magdalena, prometeu intensificar as ações educativas nas moradias.

O reitor divulgou um manifesto aos estudantes lembrando os momentos difíceis pelos quais a Ufop está passado em função dos últimos acontecimentos. “Por inúmeras vezes, e de diversas maneiras, buscamos conscientizar você da importância de uma reflexão sobre o seu caminho e suas escolhas de vida. Hoje precisamos perguntar a você: quantos jovens ainda vamos perder, antes que eles consigam realizar seus sonhos? Em centenas de milhares de cidades, em todos os lugares, essa mesma pergunta deve estar sendo feita agora por pais, mães, amigos e professores”, escreveu João Luiz.

O reitor diz que os dois estudantes morreram em circunstâncias semelhantes, “com indicações de consumo excessivo de álcool, induzido ou mesmo por decisão própria”. Para João Luiz, apenas identificar os culpados não vai resolver o problema, pois os fatos se repetiriam. “É preciso identificar as motivações e possíveis causas, buscando medidas para que nunca mais isso venha a acontecer. Isso é certo!”, disse o reitor, que faz mais um questionamento. “Depois de tanta luta para ampliar a política de assistência e permanência estudantil, será justamente ela responsabilizada pelo acesso ao consumo de álcool e/ou outras substâncias ilícitas? Muitos dizem que esses fatos estão diretamente ligados às formas de escolha em cada república federal ou particular. Isso a comissão instituída deverá identificar, para que mudanças sejam feitas, pois é preciso mapear os verdadeiros problemas e encontrar uma solução. Somos uma universidade e não podemos basear nossa conduta em suposições ou alegações sem comprovação”, diz o manifesto.


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