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Estado de Minas

Saiba quais são os radares campeões de multas na capital

Equipamento disfarçado que registra avanço na Avenida Tereza Cristina e radar logo depois do túnel da Lagoinha, na Floresta, são os que mais flagram motoristas em Belo Horizonte


postado em 31/10/2012 06:00 / atualizado em 31/10/2012 06:41

O número 1: detector de avanço de semáforo na via em direção a Contagem fez quase 10 mil flagrantes no primeiro semestre(foto: Fotos: Euler Junior/EM/D.A Press)
O número 1: detector de avanço de semáforo na via em direção a Contagem fez quase 10 mil flagrantes no primeiro semestre (foto: Fotos: Euler Junior/EM/D.A Press)


O domínio dos radares no registro das infrações em Belo Horizonte, com 63,5% do total de autuações na cidade até junho, revela abusos mais comuns em determinados pontos da cidade. De acordo com estatísticas da BHTrans referentes ao primeiro semestre do ano, dois radares são campeões em flashs em duas importantes avenidas da capital. De todos os 50 aparelhos que medem excesso de velocidade, popularmente conhecidos como pardais, o instalado na Avenida Cristiano Machado, logo após o túnel da Lagoinha, no Bairro Floresta, Região Leste, sentido Centro/bairro, lidera em número de veículos flagrados acima de 60km/h. Foram capturadas fotos de quase 43 mil placas, média de 236 todos os dias. Já no quesito avanço de semáforo, o troféu vai para equipamento posicionado na Avenida Tereza Cristina, na confluência com a Avenida Presidente Juscelino Kubitschek, no Bairro Coração Eucarístico, Região Noroeste. De janeiro a junho deste ano, quase 10 mil carros, motos, caminhões e ônibus passaram pela luz vermelha e seus respectivos motoristas perderam sete pontos na carteira.

Na sexta-feira, bastaram 20 minutos no local para que a equipe do EM presenciasse 10 veículos ultrapassando o sinal vermelho no local. O semáforo está posicionado para dividir os carros que seguem na Tereza Cristina em direção a Contagem e aqueles que vão fazer o retorno. Como quem está na avenida vem em uma reta extensa, é comum ver os veículos acelerando para não perder a luz verde ou amarela. Mas muitos acabam calculando mal e não escapam do flagrante. Outro fator que contribui para que o equipamento lidere em autuações é a dificuldade em visualizá-lo. Ele fica bem atrás de uma árvore, escondido. Já na Cristiano Machado, os veículos costumam sair do túnel da Lagoinha em alta velocidade. Aqueles que não conhecem a região acabam sendo surpreendidos pelo pardal, colocado em frente ao número 214.

Enquanto os desavisados são pegos furando sinais, acima da velocidade e invadindo a pista exclusiva de ônibus na Avenida Nossa Senhora do Carmo, os abusos que só as canetas de policiais militares e guardas municipais flagram continuam se repetindo pelas esquinas. “Já fui multado pelo radar dos ônibus na Nossa Senhora do Carmo e também por estacionar em local proibido. Infelizmente, não achei lugar de parar e arrisquei. Os radares são muito importantes, principalmente na velocidade, e os agentes precisam ficar de olho, senão os motoristas deitam e rolam”, diz o aposentado Vilson Silva, de 68 anos. O motorista Renato Luiz Chaves, de 37, é outro que confessa um deslize: “Já usei celular dirigindo, mas nunca fui multado”. Ele também acha que os radares são importantes, pois coíbem abusos 24 horas por dia. “Se não tiver, vira bagunça. Temos que ter as duas coisas, fiscais e aparelhos eletrônicos”, completa.

O presidente da BHTrans, Ramon Victor Cesar, admite que, como os agentes da empresa não podem multar, o trânsito da capital sofre com o fato de ter metade da equipe que atua nas ruas impossibilitada de gerar infrações. “São 413 fiscais que muitas vezes se deparam com uma situação de abuso e pedem para o motorista tomar uma atitude para corrigir o erro. Muitos ouvem um desafio: ‘Pode multar’”, diz o presidente. Ainda segundo ele, duas mudanças recentes fizeram com que o cenário das infrações tivessem assumido um caráter de predominância eletrônica. “Perdemos o poder de multar e aumentamos o número de radares”, afirma.

Mais vigias a caminho

Belo Horizonte pode ganhar mais três radares de avanço de faixa exclusiva de ônibus em breve, segundo o presidente da BHTrans, Ramon Victor Cesar. A empresa não planeja nenhuma nova licitação, mas tem a possibilidade de aumentar os equipamentos dentro do que permite a Lei Federal 8.666, que rege as concorrências públicas no país. Como a Avenida Pedro II vai ter um espaço destinado aos ônibus, similar ao que já há na Avenida Nossa Senhora do Carmo, o presidente da empresa gestora do tráfego em BH afirma que o total de 12 aparelhos previstos no atual contrato pode aumentar para 15, dentro do limite permitido de 25% de acréscimo.

Atualmente, quatro radares fiscalizam as faixas exclusivas na Nossa Senhora do Carmo. Outro equipamento com a mesma tecnologia está sendo testado na mesma avenida para flagrar caminhões e carretas no trecho onde há restrição. Restam sete aparelhos para completar o grupo de 12 previstos na licitação, que serão usados assim que as obras do BRT nas avenidas Antônio Carlos e Cristiano Machado estiverem concluídas. Porém, eles não serão suficientes assim que a Pedro II tiver uma faixa segregada para os ônibus. “A partir dessa nova pista exclusiva, poderemos então contratar esses equipamentos extras”, diz Ramon Victor Cesar.

O presidente da BHTrans afirma que não há estudo para aumeto dos aparelhos que flagram excesso de velocidade e avanço de semáforo. São 50 pardais, três radares móveis, que também fiscalizam velocidade, e 40 que registram avanço de sinal. No caso dos aparelhos para semáforo, ainda há outras 20 estruturas contratadas, o que permite que os equipamentos funcionem em rodízio em 60 cruzamentos da capital.

Pardal itinerante


Belo Horizonte conta com três radares que têm a possibilidade de se deslocar pelas ruas e avenidas da cidade. Para multar os motoristas, eles precisam estar posicionados em locais com avisos da velocidade máxima permitida e da fiscalização eletrônica. Os equipamentos estão funcionando desde outubro do ano passado. Nos últimos três meses de 2011, registraram 865 flagrantes de excesso de velocidade, média de 288 por mês. No primeiro semestre deste ano, as autuações subiram para 878 por mês, em média, aumento de 200%. Na foto, aparelho em funcionamento na Avenida José Cândido da Silveira, Bairro União, Região Nordeste da capital.


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