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Estado de Minas

Suspeito diz que chacina em BH foi cometida após vítima ameaçar familiares dele

Um dos autores do disparos, que deixou três mortos e 14 feridos, disse que o homem que era alvo do bando ameaçou a mãe e a irmã dele


postado em 12/09/2012 15:35 / atualizado em 12/09/2012 16:22

Peter Gomes de Moura, de 23 anos, se entregou à polícia na última quinta-feira(foto: Thago Lemos/EM/D.A.Press)
Peter Gomes de Moura, de 23 anos, se entregou à polícia na última quinta-feira (foto: Thago Lemos/EM/D.A.Press)
 

Um dos suspeitos de participar dos assassinatos de três pessoas dentro de um restaurante no Bairro São Geraldo, Região Leste de Belo Horizonte, afirmou que cometeu o crime depois que uma das vítimas teria ameaçado a mãe dele no ano passado com uma arma. A mulher morreu uma semana depois após sofrer um infarto. Peter Gomes de Moura, de 23 anos, se entregou à polícia na última quinta no Departamento de Investigações (DI) no Bairro Lagoinha, na Região Noroeste de Belo Horizonte e foi apresentado na tarde desta quarta-feira.

Em depoimento, ele afirmou que estava morando no Espírito Santo antes do homicídio. Na semana da série de assassinatos, o suspeito veio para Belo Horizonte comprar algumas sandálias para vender na cidade onde reside. Na ocasião, Rodrigo Luiz Marques Cerqueira, de 22, outro homem apontado como autor da chacina, o convidou para praticar o homicídio contra Vítor Leonardo dos Santos Souza, de 28, o alvo dos bandidos.

Moura afirmou que Vítor ameaçou familiares dele no ano passado. O primeiro caso foi em setembro de 2011. Souza teria colocado uma arma na boca da mãe de Peter e dias depois ameaçou o filho dele de 13 anos.

Durante a apresentação na tarde desta quarta-feira, Peter não se mostrou arrependido. “O cara colocou arma na boca da minha mãe e eu fiz isso mesmo”, afirmou. Ao ser questionado sobre a demora para se vingar ele disse que estava se preparando para o fato. “Eu estava com ódio muito grande no coração e estava esperando o momento certo”, conta.

No dia do crime, Peter Gomes, armado com uma pistola 9mm, e Rodrigo Luiz, que estava com uma metralhadora de fabricação espanhola, entraram no bar em busca de Vítor. Os suspeitos se identificaram como militares e depois atiraram várias vezes contra a vítima, que morreu na hora. Após atirarem em Vítor, Rodrigo fez vários disparos com a metralhadora para abrir caminho para que ele e o comparsa pudessem fugir. Três morreram, entre eles um mulher que estaria grávida e outras 14 pessoas ficaram feridas. Na fuga do bar, os assassinos foram surpreendidos por duas viaturas do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) que faziam a ronda na região. Houve troca de tiros e Rodrigo Luiz, que estava na garupa da moto, foi morto.

De acordo com Peter, as armas usadas no crime e a moto foram cedidas por Rodrigo. Também foram presos pelos crimes, Luciano Beiral de Oliveira e Jean Paulo Santos da Sé, de 19.

O delegado Emerson Moraes, da Delegacia de Homicídios Leste, responsável pelo caso, informou que vai ouvir familiares de Peter para tentar confirmar as ameaças sofridas por eles. Segundo o delegado, ainda não há informações de quem seja o mandante do crime, mas que tudo indica que seja Luciano. Com as prisões dos suspeitos a polícia trabalha, agora, para concluir o inquérito.


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