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Estado de Minas

Delegado encerra depoimentos sobre denúncia de racismo em escola de Contagem

De acordo com o delegado, o relato da professora Irlene Alves de Oliveira ajudou a 'sedimentar' a ideia de que houve um crime de injúria


postado em 25/07/2012 11:18 / atualizado em 25/07/2012 11:35

A menina foi xingada dentro do Centro de Educação Infantil Emília, em Contagem (foto: Euler Junior/EM DA Press)
A menina foi xingada dentro do Centro de Educação Infantil Emília, em Contagem (foto: Euler Junior/EM DA Press)

A professora Irlene Alves de Oliveira prestou depoimento na manhã desta quarta-feira na 4ª Delegacia de Polícia de Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte, sobre a denúncia de racismo contra uma menina de 4 anos no Centro de Educação Infantil Emília. Segundo o delegado Juarez Gomes, o relato dele foi mais detalhado que das outras envolvidas no caso e ajudou a “sedimentar” a ideia de que houve um crime de injúria.

A educadora testemunhou a avó de um aluno, Maria Pereira da Silva, invadir a escola e, aos gritos, chamar a garota de “negra e preta horrorosa e feia”. Maria teria ficado insatisfeita porque o neto dançou quadrilha com a menina negra.

A defesa da família da garota tentou justificar uma autuação pelo crime de racismo mas, segundo o delegado, ficou claro que a avó expressou o descontentamento após a quadrilha pelo fato de deixaram a menina dançar com o neto.

Já prestaram depoimento na delegacia a professora que denunciou o caso, Denise Cristina Pereira Aragão, a mãe da criança, Fátima Viana Souza, a diretora da escola, Joana Reis Belvino, e a suspeita, Maria Pereira da Silva, que negou os xingamentos. A aluna também foi ouvida por conselheiros tutelares e o relato será anexado ao inquérito policial. Os depoimentos estão encerrados e o delegado espera concluir a investigação na sexta-feira, quando deve indiciar Maria Pereira por injúria.

Segundo relatos da mãe da criança, a festa junina aconteceu em 7 de julho. Como tradicionalmente acontece nas escolas, a filha dançou quadrilha com um colega de sala. No dia 10, a avó do menino foi até a escola e ofendeu a garota. Muito abalada, a criança passou mal no outro dia, mas a mãe só ficou sabendo do caso quando a professora Denise Cristiana comunicou à família.


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