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Estado de Minas

Babá suspeita de provocar lesões no cérebro de bebê nega agressões

Polícia vai investigar se medicamento e alimentos ingeridos pela criança no dia em que foi internada podem ter causado as lesões


postado em 05/07/2012 18:02 / atualizado em 05/07/2012 20:17

A babá chegou na delegacia com um capacete na cabeça para não ser identificada(foto: Cristina Horta/EM/D.A.Press)
A babá chegou na delegacia com um capacete na cabeça para não ser identificada (foto: Cristina Horta/EM/D.A.Press)
 

A polícia ouviu novamente, na tarde desta quinta-feira, a babá E. V. S., de 31 anos, suspeita de ter cometido maus-tratos contra um bebê de dois meses e meio que foi diagnosticado com a síndrome do bebê sacudido, que ocorre quando uma criança, geralmente lactente, é violentamente balançada gerando graves problemas cerebrais. A mulher voltou a negar que tenha cometido qualquer tipo de violência. Ela também trouxe fatos novos à polícia. Segundo E., no dia anterior ao que a menina passou mal, a mãe teria dado medicamentos a ela, que também iniciou uma dieta com complementação alimentar. O fato será investigado.

A babá chegou à Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca) às 15h. Acompanhada de um advogado, a mulher entrou no local sem falar com a imprensa e usando um capacete para não ser identificada. Ela conversou com o delegado Geraldo Toledo, responsável pelo caso, por cerca de duas horas.

Segundo Toledo, ela mantém a versão apresentada pouco dias após a menina ser internada. Entretanto, as evidências recaem sobre ela. “A babá continua negando que tenha praticado qualquer tipo de lesão contra a criança. Porém afirmou mais uma vez que era a única pessoa que passou o dia com o bebê. O hospital já detectou que a menina sofreu a síndrome do bebê sacudido e ela continua sendo a principal e única suspeita”, afirma o delegado.

Ao chegar no Hospital Mater Dei, no Bairro Santo Agostinho, Região Centro-Sul, o bebê foi avaliado por neurologistas e oftalmologistas, passou por exames de ressonância magnética e tomografia que detectaram um coágulo no cérebro e o rompimento dos vasos anteriores dos olhos, o que pode causar cegueira. Por causa do tamanho das lesões, o delegado descarta que a menina tenha sido sacudida dias antes do crime. “Pela gravidade das lesões não poderia ter acontecido outro dia”, disse.

Novos fatos surgiram durante o depoimento da babá. A mulher informou à polícia que na madrugada de 15 de junho, a mãe da menina ministrou um Paracetamol à criança e durante o dia o bebê iniciou uma complementação alimentar baseada em sulfato ferroso e outros polivitamínicos. “Nós recolhemos todas as informações e vamos encaminhar para a perícia fazer uma avaliação. Queremos saber se essa alimentação e a medicação podem ter contribuído ou ocasionado as lesões. É prudente que todas as hipóteses que não sejam a do balançar a criança sejam descartadas”, explica Geraldo Toledo.

A babá também informou à polícia que não fez nenhum curso profissionalizante para a profissão. O delegado informou que, por enquanto, não vai pedir a prisão da mulher, pois ela está colaborando com as investigações.


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