As adolescentes acusadas de assassinar a colega Fabíola Santos Corrêa, 12, com golpes de faca e barra de ferro em São Joaquim de Bicas, na Grande BH, e depois retirar o coração da vítima, foram levadas para o Fórum de Igarapé para mais uma audiência sobre o caso. Após cerca de duas horas, as duas saíram do local algemadas e chegaram a dar risadas.
Nesta segunda-feira, a juíza Andrea Faria Menes ouviu duas testemunhas do caso. Entre elas, a conselheira tutelar que acompanhou uma das adolescentes no dia em que ela foi apreendida. O teor das oitivas não pôde ser divulgado, pois o caso corre em segredo de Justiça. Porém, a testemunha informou que as jovens permaneceram tranquilas durante a audiência e que as mães delas estavam bastante nervosas.
Crime
Fabíola foi atraída pelas colegas para assistir a um jogo de futebol em um campo de Bicas. Quando passavam por um lote vago, local usado para cortar caminho, umas das adolescentes retirou uma faca da mochila e colocou a arma no pescoço da vítima. A menina tentou se desvencilhar e acabou ferida. Com o pescoço cortado, Fabíola tentou correr e levou uma facada nas costas. Como continuou de pé, uma das garotas lhe deu uma rasteira e a derrubou.
A outra agressora pegou um pedaço de ferro, que segundo a polícia tinha 1,5 metro e era bastante pesado, e deu pancadas na menor. As garotas abriram o peito da vítima e arrancaram o coração. Além do órgão, um dedo do pé de Fabíola também foi cortado. As partes do corpo da vítima foram colocados em uma folha de caderno e depois em um saco plástico.
As jovens chegaram a enterrar o material, que posteriormente foi jogado em um rio. O corpo de Fabíola só foi encontrado 12 dias após o crime, por um morador da região.