A mãe de uma das adolescentes acusadas de assassinar brutalmente a colega, Fabíola Santos Corrêa, 12, com golpes de faca e barra de ferro em São Joaquim de Bicas, na Grande BH, chegou emocionada no Fórum de Igarapé, onde também será ouvida pela juíza responsável da Vara de Infância e Juventude. A mulher, que não terá o nome identificado, afirmou que não deseja mais ver a filha. “Por mim eu nem estaria aqui. O pessoal da minha rua está me culpando pelo que ela fez e até chegaram a roubar a minha casa”, disse.
O delegado responsável pelo caso, Enrique Solla, também acompanha os trabalhos. Solla informou que o laudo da arcada dentária para identificar o corpo de Fabíola deve ficar pronto ainda nesta quinta-feira. Com isso, o corpo da menina deve ser liberado na sexta-feira.
Segundo o delegado, as duas adolescentes responsáveis pelo crime não mostram arrependimento e ainda não entendem a gravidade da situação. Para Solla, a possibilidade de outras pessoas terem participado do crime está praticamente descartada, pois as meninas teriam força suficiente para agredir Fabíola, que teria os ossos frágeis.
Crime
Fabíola foi atraída pelas colegas para assistir a um jogo de futebol em um campo de Bicas. Quando passavam por um lote vago, local usado para cortar caminho, umas das adolescentes retirou uma faca da mochila e colocou no pescoço da vítima. A menina tentou se desvencilhar e acabou ferida. Com o pescoço cortado, Fabíola tentou correr e levou uma facada nas costas. Como continuou de pé, uma das garotas lhe deu uma rasteira e a derrubou.
A outra agressora pegou um pedaço de ferro, que segundo a polícia tinha 1,5 metro e era bastante pesado, e deu pancadas na menor. As garotas abriram o peito da menor e arrancaram o coração de Fabíola. Além do órgão, um dedo do pé de Fabíola também foi cortado. As partes do corpo da vítima foram colocados em uma folha de caderno e depois em um saco plástico.