As investigações em torno do acidente provocado pelo comerciante Marcus Vinícius Claudino Fonseca, de 29 anos, em que uma pessoa morreu, devem iniciar-se nesta segunda-feira na Delegacia Especializada de Acidentes de Veículos (Deav), caso esteja finalizado o Boletim de Acidente de Trânsito da Polícia Rodoviária Federal. O prazo para o agente da PRF concluir o documento termina na quarta-feira, conforme normas internas da corporação. Marcus Vinícius, que apresentava sintomas de estar sob efeito de álcool na hora do desastre, na manhã de sábado, não fez o teste do bafômetro, por estar ferido. Não tendo como confirmar que ele dirigia embriagado, os policiais rodoviários não encaminharam o caso ao plantão policial do Detran e ele sequer foi ouvido sobre o caso.
O acidente ocorreu no Km 547 da BR-040, próximo ao Viaduto da Mutuca, em Nova Lima, na Grande BH. Ao volante do Fiat Stilo placa HJR 1053, o comerciante seguia no sentido Rio/BH, com três passageiros. Duas jovens estavam com parte do corpo para fora do carro, quando o motorista passou por uma viatura da PRF. O agente rodoviário chegou a fazer um retorno e foi atrás do Stilo, mas Marcus bateu num taxi e capotou várias vezes antes da abordagem.
PROVAS
A delegada Rosângela Tulher, que no sábado estava no plantão policial do Detran, disse que enviou uma equipe ao Hospital de Pronto-Socorro João XXIII (HPS) para localizar Marcus Vinícius, mesmo sem ter recebido cópia do boletim de ocorrência da PRF. “Tomamos conhecimento do acidente e demos início aos procedimentos para apurar. No HPS, nos informaram que ele receberia alta somente à noite. Quando nosso agente retornou ao hospital, no começo da noite, ele já havia sido liberado pelos médicos”, estranhou a delegada.
Para a policial, apesar de o comerciante não ter sido submetido ao exame do bafômetro, existiam elementos que apontavam para o cometimento do crime. “Havia provas testemunhais de que ele apresentava sintomas de estar alcoolizado, além do fato de dirigir em alta velocidade de forma imprudente. Nesses casos, em que o motorista assume o risco de provocar o acidente, há o dolo eventual. Se ficasse comprovado, ele seria preso em flagrante”, destacou.
No dia 6 do mês passado, um jovem que se envolveu numa batida na Rua Jacuí, no Bairro Ipiranga, Região Nordeste da capital, mesmo sem fazer o teste do bafômetro foi atuado em flagrante, com base em outros elementos.