O motorista que provocou um acidente com morte na BR-040, no início da manhã deste sábado, ainda não foi ouvido pela polícia. A delegada de plantão do Detran informou que chegou a enviar uma equipe até o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII para ouvir Marcus Vinícius Claudino Fonseca, de 29 anos, mas ele já havia sido liberado. A assessoria de comunicação da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) informou que o condutor do veículo foi embora sem receber atendimento médico, mas teria voltado ao HPS.
O acidente custou a vida da jovem Nathalia Azeredo Coutinho e Rosa, de 27 anos. Além do condutor, ficaram feridos Rodolfo Alves Filgueiras Nunes, de 31 anos e Bárbara Araújo Cruz, de 25. Segundo a polícia, os jovens voltavam de uma festa no Bairro Jardim Canadá, em Nova Lima, na Região Metropolitana de BH, quando ocorreu o acidente. O carro onde estavam os quatro jovens capotou na altura do KM 547 da BR-040, próximo ao Viaduto da Mutuca.
Agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que atenderam a ocorrência informaram que há suspeitas de que o motorista estava sob efeito de álcool e apresentava hálito etílico forte e fala desconexa. O inspetor da PRF Valdinei José disse que fazia ronda na rodovia por volta de 6h15 quando viu o veículo seguindo em alta velocidade na pista sentido Belo Horizonte. “Quando passamos, duas meninas estavam com parte do corpo para fora do carro pelo teto solar. Fizemos o retorno e já nos deparamos com vários carros subindo a rodovia piscando os faróis, indicando que algo tinha acontecido. Na descida o carro estava capotado”, diz o inspetor. Antes de capotar, segundo Valdinei, o carro atingiu um táxi.
SUSTO O taxista Rodrigo Pimenta Lessa, de 31, contou que ficou muito assustado com a situação. “Tinha acabado de pegar três passageiros na mesma festa. Eu estava na pista do meio e quando olhei no retrovisor vi duas pessoas com parte do corpo para fora do carro. A viatura da polícia passou, ligou a sirene e o cara acelerou. Nessa hora, bateu na minha lateral e já começou a capotar.” Ainda segundo Rodrigo, todos os ocupantes do carro que sobreviveram estavam “transtornados”. “Ninguém falava nada com nada e o cheiro de álcool era muito forte”, completa o taxista, indignado.
Bárbara teve alta na tarde deste sábado e Rodolfo foi transferido para o Hospital Felício Rocho. Ninguém corre risco de vida. A ocorrência foi registrada na delegacia de plantão do Departamento de Trânsito (Detran).
