O sepultamento do corpo do taxista aposentado Alcindo Pereira Souza, morto no acidente de anteontem na Rua Jacuí, quando seu carro foi colhido pelo Vectra dirigido por Rodrigo Oliveira Campos, foi marcado pela revolta e pelo medo de que o responsável pelo acidente não seja punido. “Alcindo sempre foi prudente no trânsito. Estava parado no sinal e foi atingido por um carro desgovernado, em alta velocidade, conduzido por uma pessoa embriagada. Esse crime não pode ficar impune”, cobrou o operário Enderson Chagas de Souza, de 33, sobrinho da vítima. O irmão dele, o motorista Germínio Pereira de Souza, de 58, também exigiu justiça. “Toda a família está revoltada com a tragédia que esse rapaz causou para todos nós, para minha cunhada e meu sobrinho, que ainda nem sabem da morte dele”, disse.
Conforme relataram amigos da Igreja de São Vicente de Paula, na Cidade Ozanan, no Bairro Ipiranga, o ex-taxista tinha vida religiosa ativa. “Minutos antes do acidente ele havia saído de uma celebração na igreja. Era fiel às atividades religiosas, ajudava as pessoas e tinha alegria de viver. Hoje (ontem) faríamos uma ceia em Santa Luzia para celebrar a Páscoa. Fomos surpreendidos por esse fato tão triste”, lamentou a aposentada Nalzira Januário Pereira, de 65.