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Estado de Minas

Assaltante preso pela polícia mineira participou do roubo ao Banco Central


postado em 30/03/2012 16:34 / atualizado em 30/03/2012 17:27

Rubens Ramalho de Araújo, de 43 anos, o Rubão, mostrou tanquilidade durante a apresentação(foto: Jorge Gontijo/EM/D.A.Press)
Rubens Ramalho de Araújo, de 43 anos, o Rubão, mostrou tanquilidade durante a apresentação (foto: Jorge Gontijo/EM/D.A.Press)
 

Um dos homens mais procurados no Brasil, Rubens Ramalho de Araújo, de 43 anos, o Rubão, preso nessa quarta-feira pela Polícia Civil de Minas Gerais, participou do maior roubo do país,  quando bandidos entraram no Banco Central de Fortaleza, em 2005, e levaram cerca de R$ 164 milhões. A informação foi passada pela polícia na tarde desta sexta-feira durante a apresentação do criminoso, que mostrou ser uma pessoa fria e até chegou a brincar com a imprensa. Em Minas, ele participou de três assaltos há cerca de três anos, a um carro forte em Ipatinga, no Vale do Aço, a ouitro carro forte em Itabira, na Região Central do estado, e a um banco em Mesquita, na Região do Rio Doce.

Segundo a polícia, Rubão participou ativamente na elaboração do plano para assaltar o Banco Central. Porém, ele ficou com uma pequena parte do dinheiro, cerca de R$ 5 milhões, pois não quis entrar no túnel feito pelos bandidos já que tinha fobia. Na ocasião, ladrões alugaram uma casa próximo ao banco e chegaram ao cofre depois de escavar o subsolo.

A polícia intensificou as buscas por Rubão depois de receber informações de que ele, que tem três mandados de prisão em Minas e outros 16 em outros sete estados do país, estava em Uberaba, no Triângulo mineiro, onde estaria planejando mais um assalto. Diante das informações, policiais fizeram incursões na Região e em Goiás. O criminoso foi encontrado nessa quarta-feira na periferia de Palmas (TO), por agentes da 1ª Delegacia Especializada de Repressão a Organizações Criminosas (Deroc) de BH, após a expedição de um mandado de prisão preventiva decretada contra ele. No local foi encontrado um documento falso de Rubão, que na cidade usava o nome de João Batista de Araújo.

A alta periculosidade de Rubão intimidou até mesmo a polícia. Após a prisão, os policiais saíram rapidamente da cidade e foram direto para o aeroporto de Goiás, onde um avião os esperava, por receio da quadrilha tentar o resgate do preso.

O dinheiro arrecadado nos assaltos levou o criminoso a acumular um grande patrimônio. Segundo a polícia, Rubens Araújo é dono de prédios, veículos, além de fazendas no Piauí e no Tocantis. Além disso, o homem tem espalhado por diversas cidades do país um arsenal com armas de alto poder bélico, como fuzis calibre 40, que é de uso restrito das forças armadas.

A polícia não descarta que ele esteja envolvido com as explosões de caixas eletrônicos que já ficaram comuns no estado.

Novo Cangaço

A ousadia durante os assaltos levou a polícia denominar de Novo Cangaço a atuação de quadrilhas como a de Rubão. O grupo, composto por cerca de 15 pessoas, sitiava as cidades onde ocorriam os roubos. Os criminosos rendiam os policias dos municípios e os levavam como reféns até os bancos. Após esvaziarem os cofres, eles fugiam e liberavam as vítimas aos poucos.

Rubão se mostra um cara bastante temido e sem medo das consequências. Em setembro de 2008, ele fugiu pela porta da frente do Instituto Penal Paulo Sarasate (IPPS), em Fortaleza, junto com outros 25 presos. Segundo a polícia, Rubens conseguiu render dois delegados e três agentes quando era levado para prestar depoimento, e liberou o restante dos homens.

Rubens Ramalho de Araújo foi levado para a Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH.


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