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Estado de Minas

Famílias se revoltam com suposta troca de corpos das vítimas de acidente

Duas famílias exigiram abertura de caixões em Ipatinga. Os parentes acusaram a empresa Conenge de ter agilizado os sepultamentos sem conhecimento dos parentes.


postado em 19/03/2012 11:28 / atualizado em 19/03/2012 16:28

Ônibus e carreta bateram de frente na BR-040, entre Curvelo e Felixlândia (foto: Divulgação Corpo de Bombeiros )
Ônibus e carreta bateram de frente na BR-040, entre Curvelo e Felixlândia (foto: Divulgação Corpo de Bombeiros )

Uma confusão marcou o enterro de algumas vítimas do acidente na BR-040. A possível troca de corpos deixou familiares dos trabalhadores mortos na tragédia revoltados. O acidente aconteceu no sábado e matou 15 funcionários da empresa Conenge.

Os parentes do mecânico de manutenção Gilberto de Souza Gonçalves, 51, velaram o trabalhador durante a noite, mas interromperam o sepultamento na manhã desta segunda-feira, em Ipatinga, por causa da dúvida sobre o corpo. Por causa de rumores sobre trocas durante a preparação dos seis enterros dessa cidade, os parentes resolveram abrir o caixão.

Eles quebraram parte da urna e viram o corpo enrolado em um pano. Embora alguns irmãos tenham reconhecido Gilberto, a mãe negou ser o filho e a esposa ficou em dúvida. Uma confusão de quase uma hora e meia se instalou no cemitério e foi necessária a intervenção da Polícia Militar (PM). Os parentes acusaram a empresa Conenge de ter agilizado os sepultamentos sem conhecimento dos parentes. A família foi convencida a encerrar o enterro e depois procurar a delegacia, mas afirmou que vai pedir a exumação do corpo do mecânico.

Veja fotos do acidente

Ao lado de Gilberto seria enterrado o corpo de Nivaldo José Lourenço, 33. Diante da confusão, os parentes dele também exigiram a abertura do caixão, mas a urna já havia descido pela cova e estava coberta por cimento. A mãe de Nivaldo se posicionou em cima do buraco impedindo que os coveiros jogassem terra para finalizar o sepultamento. A PM também interveio nessa situação.

No fim desta manhã, todos os 15 corpos já haviam sido enterrados nas cidades de Ipatinga, Belo Oriente, Ipaba, Vargem Alegre e Dores Gunhães. Tudo indica que os sepultamentos ocorreram normalmente em outras cidades. Parentes de Cleudes Macedo Gomes, 27, enterrado em Vargem Alegre e Joel Lucindo de Andrade, 53, cuja despedida aconteceu em Dores Gunhães, informaram que tudo ocorreu com tranquilidade. Alegaram, inclusive, que receberam o apoio devido da Conenge.

No início da manhã o diretor-presidente da Conenge, Heleno Conte, acompanhou os sepultamentos em Ipatinga, mas não presenciou o tumulto. O em.com tentou falar com o representante da empresa, mas não conseguiu. Os parentes foram informados de que um advogado da Conenge vai ao cemitério para conversar com familiares.

O acidente

O ônibus da empresa Conenge, que seguia no sentido Paracatu/Paraopeba, estava atrás de um caminhão de carvão e, no sentido contrário, vinha a carreta, que transportava um imenso tubo de aço. O caminhão de carvão teria saído para o acostamento, para dar passagem à carreta. Interpretando o gesto como um sinal de ultrapassagem, o motorista do ônibus teria seguido para o meio da pista, quando colidiu com a carreta. Com o choque, o tubo invadiu a carroceria do ônibus e a partiu ao meio.


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