Rodoviários de Belo Horizonte e Região Metropolitana decidiram entrar em greve na manhã desta sexta-feira. Após a realização de uma assembleia, a categoria saiu em passeata da Avenida Amazonas, no Barro Preto, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte em direção a prefeitura. Trabalhadores depredaram um ônibus que foi colocado para fechar a Avenida Amazonas, esquina com Rua Alvarenga de peixoto, no sentido Centro, por volta de 11h da manhã, mas ele já foi retirado do local. A categoria reivindica reajuste salarial e melhoria nas condições de trabalho.
A presidência do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Belo Horizonte (STTRBH) está em reunião com o prefeito Márcio Lacerda para tentar acordo, informou o diretor de imprensa do sindicato. Nesta sexta-feira foi realizada uma assembleia em que o levou o STTRBH aos trabalhadores do transporte rodoviário as propostas de reajuste oferecidas durante as negociações com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros Metropolitano (Sintram) e Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH). Uma nova assembleia está marcada para acontecer às 16h, no Auditório do Colégio Pio XII, na Avenida Amazonas.
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Os rodoviários querem reajuste salarial de 49%, 30 folhas de tíquete-alimentação de R$ 15, a instalação de banheiros femininos nos pontos finais, participação nos lucros e resultados (PLR) e uma jornada de trabalho de seis horas diárias. Os sindicatos patronais propõem reajustar em 13% o salário dos motoristas e trocadores - condicionado ao aumento de 20 minutos na jornada de trabalho diária - e de 9% para a manutenção e administração. As empresas também oferecem um aumento de 6% no ticket-alimentação, R$ 150 na participação dos lucros (para quem ganha até R$ 1.000), e R$ 300 para quem recebe acima desse valor. Outra proposta aos motoristas e trocadores é o aumento de 6%, sem mudança na carga horária.
O diretor de imprensa do STTRBH, Carlos Henrique, revelou que representantes do Sintram não quiseram registrar a proposta de aumento de 13% em ata. Carlos Henrique afirma que esta foi uma "jogada de negociação" dos patrões.