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Estado de Minas

Associação de moradores do Mangabeiras aciona MP para impedir Saint Patrick's Day

A festa Saint Patrick´s Day está prevista para acontecer no parque das Mangabeiras no dia 17


postado em 09/03/2012 07:02 / atualizado em 09/03/2012 13:55

(foto: Mariana Tavares/Divulgacao)
(foto: Mariana Tavares/Divulgacao)


O destino da festa de Saint Patrick's Day, programada para 17 de março no estacionamento do Parque das Mangabeiras, está na mão dos promotores de Justi;a. Ontem, a Associação dos Moradores do Bairro Mangabeiras acionou o Ministério Público (MP) de Minas Gerais para impedir a realização do evento no local. Com isso, a festa, que também já havia sido rejeitada pelos moradores dos bairros Anchieta e Cruzeiro, está sem local. Segundo os organizadores, são esperadas 7 mil pessoas na edição deste ano e não há motivos para preocupação de quem mora na região.

Além da reação dos moradores do Mangabeiras, a DM Promoções, responsável pela festa, ainda não tem autorização da Prefeitura de Belo Horizonte. A Fundação de Parques Municipais, que administra o Parque das Mangabeiras, informou ontem que ainda aguarda a documentação para decidir se libera o evento. “Fomos sondados pelos produtores do evento, mas ainda não tem nada definido. Eles já entraram com a documentação nos órgãos competentes, como Corpo de Bombeiros, para cumprir os laudos. Depois que tivermos esses documentos em mãos é que podemos falar se vai haver a festa”, informou Róbson Machado, da divisão de eventos do parque.

Nas alegações encaminhadas ao MP, a Associação dos Moradores do Bairro Mangabeiras afirma que há um termo de ajustamento de conduta (TAC) firmado no fim da década de 1990 que impede megaeventos na região. Também de acordo com o TAC, as festas não podem se estender pela noite, para a tranquilidade dos moradores do entorno.

Outro argumento dos moradores é o risco ao patrimônio natural do Parque das Mangabeiras e da encosta da Serra do Curral. Eles lembram que há perigo de incêndios, ameaçando a fauna e a flora. Problemas no trânsito, como os congestionamentos também são mencionados. Por fim, é lembrado o tumulto ocorrido na festa do ano passado, na Savassi, e que reuniu cerca de 35 mil pessoas.

Episódios recentes de vandalismo, como os ocorridos na Praça da Liberdade, em 12 de fevereiro, durante uma apresentação da banda Monobloco, numa festa de pré-carnaval, e o da Cidade Nova, sábado passado, quando 10 mil jovens, convocados pela internet, tiveram que ser dispersados pela PM, são citados pelos moradores do Mangabeiras como motivos para não quererem o Saint Patrick’s Day na região onde moram.

SEGURANÇA O produtor Otacílio Mesquita, um dos responsáveis pela festa, assegura que não haverá nenhum tumulto no Saint Patrick’s Day 2012, pois tudo foi planejado. “Não é um evento de rua. É uma festa com acesso controlado, para um público de 7 mil pessoas. Consultamos a PBH e o Corpo de Bombeiros e tomamos todas as providências para que tudo transcorra bem. Teremos mais de 150 seguranças na área da festa, além de equipes externas. Fizemos um plano de trânsito e a festa será no estacionamento, em um lugar totalmente isolado do parque com placas de metal com 2m de altura. Temos condições de garantir a tranquilidade de quem mora no entorno”, afirmou.

Enquanto isso...

...REPRESSÃO NA INTERNET

A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) confirmou ontem que a polícia pode ser acionada pela administração municipal para investigar a prática de crime cibernético por parte das pessoas que convocam festas espontâneas por meio das redes sociais. Segundo o prefeito Marcio Lacerda (PSB), “existe até uma possibilidade de conversarmos com a Delegacia de Crimes Cibernéticos para ver se o uso da internet para convocar para uma ação ilegal se configuraria em um crime cibernético". Já para o delegado chefe da Delegacia Especializada em Investigações de Crimes Cibernéticos, Bruno Tasca Cabral, o fato de uma pessoa organizar uma festa pela internet não é crime. "Se essa festa ou chamamento faz apologia a um crime ou a algum fato criminoso, isso pode ser configurado como crime. Nesse caso cabe uma responsabilização criminal por apologia ao crime", diz o delegado. Ainda segundo o policial, o cidadão tem o direito de se reunir sob o princípio da livre associação.


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