Mesmo com todas as campanhas, a dengue ameaça moradores de Sete Lagoas, na Região Central de Minas. O último Liraa feito em janeiro pela Secretaria Municipal de Saúde chegou a 5,8%, considerado alarmante, mas em alguns bairros o índice já supera os 20%. “Os principais criadouros são os vasinhos de plantas e os bebedouros de animais, mesmo com todas as campanhas de esclarecimento à população”, afirma coordenadora municipal de Controle da Dengue, Maria José Torres Ferreira Lanza.
Segundo a coordenadora, o índice no fim de 2010 era de apenas 0,9% e aumentou de forma progressiva durante o ano passado. “Só em janeiro, houve esse imenso salto”, revelou. Em Sete Lagoas, já foram notificados este ano 88 casos da doença, mas apenas oito foram confirmados.
Com 165 agentes da Secretaria Municipal de Saúde tenta conter o avanço da doença. “Estamos com três frentes: onde houve casos há bloqueio com inseticida, onde há lixo promovemos mutirões de limpeza e nos bairros com mais concentração de focos intensificamos as visitas”, disse a coordenadora. Só no Bairro Nova Cidade, foram retirados 200 sacos de lixo durante ação recente da Secretaria de Saúde.
Lixo por material escolar
Com tradição carnavalesca, a Prefeitura de Pompéu, na Região Central de Minas, está trocando objetos que podem se tornar possíveis focos de dengue por material escolar. O objetivo é deixar a cidade limpa, livre do mosquito transmissor, para receber os foliões. Para cada lata, uma borracha. Para cada garrafa PET, um lápis. Para cada pneu, um caderno. Pirapora, no Norte de Minas, faz o mesmo. A força tarefa “Carnaval nas Cidades Históricas – Dengue” já faz campanha em 40 municípios mineiros onde há risco de infestação, com distribuição de material e atrações culturais.