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Estado de Minas

Igrejas são castigadas pela chuva em Mariana


postado em 16/01/2012 07:07

A chegada a Mariana, na Região Central de Minas, chama a atenção agora menos pelas belezas das construções e muito mais pela paisagem das montanhas do entorno: elas foram invadidas por dezenas de lonas amarelas, sinal de que é preciso conter morros ameaçados de desmoronar. O problema atingiu também o patrimônio histórico. A Igreja do Rosário, construção de meados do século 18, onde parte do cemitério cedeu, foi a mais atingida.

Para agravar a situação, o templo, localizado no Bairro Rosário, foi tomado por goteiras. Fiéis contaram que baldes foram espalhados por todo o salão e até mesmo o altar precisou ser retirado. As paredes e as pinturas amareladas mostram a gravidade do problema. No Centro Histórico, foi o muro de adobe da Igreja de São Francisco de Assis que não resistiu aos temporais.

Além dos bens tombados, foram gravemente atingidas casas, ruas e encostas dos bairros Cabanas, São Gonçalo, Santo Antônio e Colina. Na Travessa São Gonçalo, no bairro homônimo, quem vê a casa do ajudante de pedreiro Fernando Cassimiro do Carmo, de 33 anos, no meio do morro, não imagina que se tratava de um imóvel de dois andares. O primeiro pavimento foi soterrado. O barracão de três cômodos construído ao lado também caiu. “Ouvi estalos de durante uma semana e, antes que caísse, saí”, conta.

Vivendo em perigo Na rua, 12 casas foram interditadas pela Defesa Civil, mas algumas pessoas insistem em permanecer no local, caso de Fernando do Carmo, que depois de perder a casa foi morar no imóvel da mãe, também condenado. “Algumas vezes dormimos em casa de vizinhos ou parentes, outras ficamos por aqui mesmo. Está difícil achar outra casa para alugar”, disse.

O coordenador da Defesa Civil municipal, o guarda municipal Marlon Arantes, percorreu as áreas mais atingidas com a equipe do CPRM – Serviço Geológico do Brasil, empresa vinculada ao Ministério das Minas e Energias. Geógrafos, hidrólogos e geólogos foram a campo para avaliar a ameaça de perigo das regiões. As primeiras informações devem ser repassadas para a prefeitura e o estado nesta semana.


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